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BR Partners Surpreende Mercado com Dividendo Extraordinário de 13,6%!

2024-11-27

Autor: Carolina

O Natal antecipado chegou com força na BR Partners!

O renomado banco de investimentos, sob a liderança de Ricardo Lacerda, anunciou um dividendo extraordinário de R$ 81,9 milhões, o que representa R$ 0,78 por unit negociada na Bolsa, que hoje fechou a R$ 14,75.

Essa distribuição se junta a outros R$ 122,8 milhões já informados ao longo deste ano, elevando o dividend yield total para impressionantes 13,6%, superando a taxa Selic atual.

Desde sua abertura de capital (IPO), a BR Partners já pagou R$ 488 milhões em dividendos, somando mais do que o montante levantado durante a oferta inicial de ações (R$ 400 milhões) e representando quase um terço do seu valor de mercado atual.

As ações da BR Partners passarão a ser negociadas ex-dividendos no dia 5 de dezembro, com pagamento programado para o dia 27 do mesmo mês, proporcionando um alívio financeiro para os acionistas nesta época de festas.

A decisão de anunciar essa distribuição extraordinária foi tomada após a empresa identificar um excedente de capital, resultado de duas captações bem-sucedidas de Letras Financeiras que ajudaram a diversificar e alongar seu passivo.

Em julho, a BR Partners captou R$ 160 milhões com uma letra financeira subordinada, elevando seu índice de Basiléia em 3,4 pontos percentuais. Em setembro, foram mais R$ 213 milhões, aumentando o índice em 4,6 pontos percentuais, o que hoje está em 25,2%. Porém, analistas estimam que esse índice deverá cair entre 90 a 100 basis points após a distribuição dos dividendos.

Além disso, o dividendo extraordinário deve elevar o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) da companhia em algo entre 50 e 100 bps, sinalizando a saúde financeira da empresa.

Essa movimentação da BR Partners também pode ser vista como uma antecipação a possíveis tributações sobre dividendos, um tema que tem ganhado destaque nas discussões econômicas do país.

Outras instituições financeiras têm seguido uma tendência similar. O Itaú, por exemplo, ainda não confirmou um dividendo extraordinário, mas seu CEO, Milton Maluhy, indicou que isso “certamente” ocorrerá após os resultados do terceiro trimestre.

A XP, por sua vez, também aumentou a remuneração a seus acionistas no terceiro trimestre, com a distribuição de R$ 2 bilhões em dividendos e R$ 1 bilhão em recompras de ações, sinalizando uma competitividade crescente entre as instituições financeiras.

Atualmente, a BR Partners está avaliada em R$ 1,6 bilhão na B3, negociando a 7 vezes o lucro estimado para 2025, uma relação que pode atrair investidores em busca de oportunidades no mercado.