O Brasil está prestes a testemunhar um avanço impressionante na conectividade com a adoção do 5.5G, também conhecido como 5G-Advanced (5G-A). Em um estudo revelador da Huawei, chamado "White Paper para Desenvolvimento do 5G-A no Brasil", lançado no Mobile World Congress 2025 em Barcelona, foram discutidas as enormes oportunidades que essa tecnologia pode trazer ao país.

Atualmente, o 5G-A já está sendo utilizado comercialmente na China e em vários países do Oriente Médio, oferecendo velocidades de download que variam entre 2 e 5 gigabits por segundo (Gbps) e uma latência significativamente reduzida. Em testes com frequências mais elevadas, as velocidades podem ultrapassar 10 Gbps — uma melhoria impressionante comparada às taxas convencionais do 5G.

No Brasil, as operadoras TIM, Claro e Vivo já alcançaram picos de velocidade em laboratórios, mas não há previsão de lançamento comercial até o momento. A Huawei, em seu estudo, sugere que as operadoras brasileiras iniciem a implementação do 5G-A em 2025, visando criar experiências de conexão personalizadas e exclusivas tanto para usuários comuns quanto para clientes corporativos.

Entre as inovações, estão pacotes direcionados a viajantes de negócios, influenciadores digitais e gamers, todos com velocidades de download variando entre 2 e 3 Gbps. O diretor da Huawei no Brasil, Roseiro, destacou que o país está na 'segunda onda' de adoção da tecnologia, superando desafios enfrentados por muitos países europeus que ainda estão migrando para o 5G standalone (SA).

Os primeiros testes de 5G-A no Brasil ocorreram no ano passado devido ao suporte da Anatel, permitindo que o país aproveitasse essa nova onda tecnológica. O vice-presidente da Huawei, Atilio Rulli, elogiou o trabalho da Anatel e a necessidade do Brasil de se posicionar na vanguarda desse desenvolvimento.

A Huawei está se unindo ao Ministério das Comunicações e à Anatel para promover a realização de um leilão de frequências em 2026. Essa medida é considerada essencial para expandir a capacidade de transmissão de dados nas redes existentes. O estudo revela também que outros países estão liderando a implementação do 5G-A com uma combinação de bandas de 200 megahertz (MHz), enquanto o Brasil possui atualmente entre 140 MHz e 150 MHz disponíveis.

Fabricantes de dispositivos móveis também recebem recomendação para aumentar a oferta de smartphones compatíveis com 5G-A, melhorando tanto o hardware quanto o software. Roseiro mencionou que na China e no Oriente Médio, cerca de 17 modelos de aparelhos já estão operando comercialmente com essa tecnologia.

As operadoras TIM e Claro já demonstraram potencial com resultados impressionantes: a TIM registrou velocidades de transferência de 11,6 Gbps em testes em fevereiro do ano passado, enquanto a Claro alcançou 10,4 Gbps em Brasília, um marco significativo no teste do 5G-A.

Agora, os olhos do Brasil estão voltados para o futuro da conectividade móvel. Com a chegada do 5.5G, o país pode finalmente encontrar seu lugar entre as nações mais avançadas em tecnologia de telecomunicações, prometendo uma revolução na forma como nos conectamos, trabalhamos e nos divertimos!