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Brasil: O Pior Exemplo de Protecionismo Segundo o Wall Street Journal

2025-04-12

Autor: Pedro

Wall Street Journal Faz Alerta Sobre o Protecionismo Brasileiro

O renomado jornal americano The Wall Street Journal trouxe à tona uma crítica contundente ao Brasil, destacando-o como um exemplo negativo do que o protecionismo pode fazer com uma economia. Em sua reportagem, o veículo mapeia paralelos entre as táticas econômicas do país e as propostas do presidente Donald Trump.

O Efeito de Tarifas de Importação e Burocracia

De acordo com o WSJ, o Brasil ilustra claramente os efeitos adversos de tarifas de importação elevadas e controles cambiais rigorosos. Embora algumas indústrias tenham mantido empregos, o resultado foi uma elevação nos preços para os consumidores, desestímulo à inovação e uma queda alarmante na produtividade da economia.

Um exemplo claro disso é o preço do iPhone, que montado no Brasil, chega a custar quase o dobro se comparado ao seu preço nos Estados Unidos. Isso demonstra como as políticas protecionistas afetam diretamente o bolso do consumidor.

Queda da Indústria e Reflexões do Passado

A reportagem ainda ressalta uma drástica diminuição na participação da indústria no PIB nacional, que passou de 36% nos anos 1980 para apenas 14% atualmente. Essa transformação é atribuída à política protecionista que perdurou após a Segunda Guerra Mundial.

O ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nobrega, reitera que havia a crença de que taxas protecionistas poderiam fortalecer a indústria nacional e garantir um crescimento sustentável, visão que, segundo ele, fracassou.

EUA à Beira de um Modelo Econômico Fracassado?

Economistas alertam que, se os Estados Unidos seguirem um caminho semelhante ao do Brasil, podem enfrentar um retrocesso. Essa estratégia poderia levar à perda de eficiência e impacto negativo sobre os consumidores. O Brasil, com um crescimento médio de apenas 2% ao ano nas últimas duas décadas, demonstra como é difícil alcançar as metas de potência econômica esperadas.

Desafios e Distorções Estruturais

Embora exista um paralelo entre as situações dos dois países, as empresas americanas geralmente têm acesso a uma infraestrutura superior e um sistema tributário mais simples. Contudo, a adoção do modelo brasileiro poderia prejudicar os lucros a longo prazo.

Conclusão e os Perigos do Protecionismo

Após uma queda acentuada no mercado acionário, Trump ajustou algumas de suas políticas, como a suspensão temporária de tarifas. No entanto, o WSJ conclui que, embora o protecionismo possa servir como uma defesa em tempos de crise, ele traz à tona distorções estruturais e contribui para o chamado "Custo Brasil", um termo que descreve as dificuldades que encarecem o ambiente de negócios.

A reportagem finaliza com uma observação sobre a cultura de acomodação e protecionismo que o Brasil perpetuou, alertando que isso só tem encarecido produtos e prejudicado o consumidor.