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Brasil: Por que a Inflação Continua Subindo e o Que Fazer a Respeito?

2024-12-17

Autor: Maria

O Brasil enfrenta uma situação preocupante em relação à inflação, que parece estar sempre à espreita, mesmo com os esforços do Banco Central para manter os juros elevados. Com uma taxa de juros real na casa dos 8% ao ano, muitos se perguntam: por que a inflação ainda está tão alta? A resposta não é simples e envolve uma combinação de fatores econômicos e políticos.

Recentemente, uma projeção do Banco Central indicou que a inflação pode ficar em torno de 4% para 2026, mesmo com os juros mais altos. Isso levanta a questão: onde os juros vão parar antes de começarem a cair? Algumas previsões sugerem que podem atingir entre 14% e 15%, o que sem dúvida impactará ainda mais a economia.

Embora a baixa nos preços das commodities, especialmente os combustíveis, fosse uma expectativa positiva, o preço do petróleo WTI, que caiu de cerca de 90 para 70 dólares o barril nos últimos 12 meses, não teve o efeito necessário no controle da inflação. Mas por que, então, a economia brasileira parece aquecida?

Os números mostram que o PIB de 2024 deverá crescer 3%, muito acima do que os especialistas previam no início do ano. A taxa de desemprego, que caiu para pouco mais de 6% em dois anos, amplifica essa ideia de um crescimento inesperado. Esse cenário ocorre apesar da desaceleração da China e da crescente incerteza global.

O crescimento do PIB é uma boa notícia, mas a vulnerabilidade da economia é clara. A inflação continua alta mesmo em um contexto internacional onde os índices de inflação estão mais baixos do que há dois anos. Isso levanta críticas ao Banco Central, que é responsabilizado pelo aumento das taxas de juros, ferramenta crucial para manter a inflação sob controle.

Um dos principais responsáveis pelo crescimento da inflação no Brasil é a política fiscal. A expansão fiscal do governo Lula ultrapassou as expectativas, alimentando a inflação. Somado a isso, a taxa de câmbio está intimamente ligada à política fiscal. Um aumento na dívida gera uma percepção de maior risco nos mercados, resultando na desvalorização do real.

Dúvidas pairam acerca da confiança do mercado. Apesar de algumas críticas ao exagero nas reações, os índices de déficit fiscal rondam os 7%, e a dívida pública tende a crescer, complicando ainda mais a situação econômica brasileira.

Para os cidadãos e investidores, a pergunta que não quer calar é: o que pode ser feito para reverter esse quadro? Será necessário um ajuste fiscal rigoroso? A resposta pode estar nas reformas econômicas que o país tanto precisa, mas que ainda estão longe de serem implementadas. Enquanto isso, a inflação continua a ser uma pedra no sapato da economia brasileira.