
Brasil Registra Surpreendentes 432 Mil Empregos em Fevereiro, um Recorde Histórico!
2025-03-28
Autor: Matheus
Em um movimento impressionante, o Brasil criou 432 mil empregos com carteira assinada em fevereiro de 2025, batendo recorde na nova série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que começou a ser monitorado em 2020.
Esse resultado é particularmente notável, representando um aumento de 40,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram contabilizadas 307,5 mil novas vagas. O anúncio foi feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta sexta-feira (28 de março de 2025).
Especialistas já haviam previsto um desempenho bem mais modesto, com uma mediana de criação de apenas 215,3 mil empregos, evidenciando a força do mercado de trabalho neste início de ano.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, utilizou ironia ao comentar as previsões do mercado, afirmando: “Duvido dessa especialidade”, o que demonstra um otimismo inesperado com os números.
O saldo positivo de fevereiro é o resultado da diferença entre 2,579 milhões de admissões e 2,147 milhões de desligamentos, o que indica um cenário saudável, onde as admissões superaram as demissões.
Atualmente, o Brasil conta com 47,78 milhões de trabalhadores formalmente empregados nos setores público e privado, representando um crescimento de 3,88% em relação ao estoque de fevereiro de 2024.
O EFEITO NOS JUROS
Entretanto, a boa notícia dos empregos pode ter repercussões na economia geral. O Banco Central já elevou a taxa básica de juros (Selic) para 14,25%, na tentativa de conter a inflação e desacelerar a economia. A força do mercado de trabalho, agora aquecido, pode pressionar os preços, o que preocupa as autoridades monetárias.
Em uma declaração recente, o Banco Central reconheceu que o cenário econômico é marcado por uma desancoragem das expectativas de inflação e pela resiliência na atividade econômica. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou a necessidade de desaceleração para convergir a inflação à meta de 3%.
Luiz Marinho, por sua vez, criticou a abordagem do Banco Central, pedindo um pacto por mais produção como solução para controlar a inflação, ao invés de restrições de juros e crédito.
SALÁRIO MÉDIO EM QUEDA
O salário médio dos novos admitidos em fevereiro foi de R$ 2.205,25, indicando uma queda de R$ 79,40 em comparação a janeiro, ou seja, uma variação negativa de 3,48%. No entanto, em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve um crescimento de R$ 14,97, refletindo um aumento de 0,68%.
RESULTADOS POR ESTADO
Um dado interessante é que 26 estados brasileiros apresentaram saldo positivo na criação de empregos, com Alagoas registrando uma perda de 5.471 postos de trabalho. Os estados que se destacaram na criação de novas vagas foram:
1. São Paulo – 137,6 mil empregos; 2. Minas Gerais – 52.603; 3. Paraná – 39.176.
DESTAQUE DOS SETORES
Em relação aos setores econômicos, todos os cinco grupos analisados apresentaram crescimento. O setor de serviços foi o grande destaque, mostrando que a economia brasileira pode estar se recuperando de forma equilibrada. Com esses números animadores, o Brasil dá um passo significativo no rumo da recuperação econômica, mas com desafios à frente que exigem atenção de investidores e gestores públicos.