Em 2024, o Brasil surpreendeu o mundo ao conquistar a 25ª posição no ranking global de produção industrial, atingindo seu melhor desempenho desde 2019. Um crescimento notável de 3,2% no último ano, que supera a média mundial de 2,3%, sinaliza uma recuperação robusta em relação a 2023, quando o país ocupava a 45ª posição - uma impressora de progresso! Em 2022, antes da posse do presidente Lula, o Brasil estava em um preocupante 70º lugar.

A pesquisa elaborada pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), baseada em dados da UNIDO - agência das Nações Unidas para o desenvolvimento industrial, foi publicada pelo Valor Econômico, ressaltando a importância de dados que revelam tendências positivas na economia.

Esse crescimento explosivo pode ser atribuído a diversas iniciativas do governo federal. Com o impulso fiscal por meio de precatórios, a revitalização do programa Minha Casa, Minha Vida e um novo arcabouço fiscal que garantiu um piso para investimentos públicos, o panorama econômico do país começou a mudar. Além disso, a recente queda das taxas de juros até maio, juntamente com um mercado de trabalho mais aquecido, ajudaram a alavancar o setor industrial.

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, celebrou a conquista, ressaltando que esses resultados são frutos de uma colaboração eficaz entre o governo Lula e os empresários. "É uma clara demonstração de que a parceria entre o governo e a iniciativa privada está trazendo resultados concretos, aumentando a competitividade da nossa economia e gerando empregos dignos", destacou.

Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, sublinhou a importância do programa Nova Indústria Brasil (NIB) como parte dessa transformação. "O sucesso da indústria é fruto de uma política industrial bem estruturada, com objetivos e metas claras", disse.

Entretanto, é importante destacar que sinais de desaceleração começaram a surgir no último trimestre de 2024, com uma ligeira queda de 0,1% na produção industrial brasileira, enquanto mundialmente houve uma aceleração de 1%. As previsões para 2025 são de crescimento mais modesto, projetado em 1,6%, conforme os dados do Valor Data.

Uma das principais preocupações que paira sobre o futuro da indústria brasileira é o cenário internacional instável, especialmente com as recentes declarações dos Estados Unidos sobre o aumento de tarifas. Economistas locais expressam apreensão sobre um possível desvio de comércio, onde as exportações destinadas aos EUA podem ser redirecionadas, aumentando a concorrência interna. Será que este será o novo normal para a indústria brasileira? As movimentações futuras continuarão a ser observadas atentamente, enquanto o país navega por águas potencialmente turbulentas.