Brasileiras que enfrentam pesadelos após prisão na Alemanha: prejuízo de R$ 35 mil e vistos americanos cancelados!
2024-11-20
Autor: João
As goianas Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que viveram um verdadeiro pesadelo na Alemanha em março de 2023, relataram à TV Anhanguera nesta quarta-feira (20) que, após serem injustamente presas por causa de malas trocadas que continham drogas, enfrentaram um novo revés: foram impedidas de embarcar para os Estados Unidos e descobriram que seus vistos haviam sido cancelados.
"Infelizmente, isso toca feridas muito profundas. A insegurança no Aeroporto de Guarulhos e a vulnerabilidade no despacho de malas fizeram mais vítimas. Desta vez, nos frustramos novamente e tivemos mais um sonho interrompido", desabafou Kátyna, clara em seu descontentamento.
O casal havia planejado uma viagem para Nova York, tendo investido cerca de R$ 35 mil, um sonho preparado com seis meses de antecedência. No entanto, ao chegarem ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, foram surpreendidas ao receber a notícia devastadora de que seus vistos estavam cancelados.
"Parece brincadeira. Mais uma vez, estamos pagando o preço da nossa inocência. Estamos cientes de que isso é consequência da falta de segurança no Aeroporto de Guarulhos e da má condução da Justiça alemã em informar as autoridades de outros países", lamentou Kátyna, demonstrando sua indignação.
De acordo com Jeanne, as autoridades americanas se limitaram a informar que a Lei de Imigração e Nacionalidade (INA) as proíbe de comentar sobre casos individuais de vistos. "Conseguimos apenas respostas por e-mail informando que nossos vistos foram cancelados. Para solicitar um novo, precisamos agendar uma nova entrevista em Brasília", disse ela, já vislumbrando novos desafios pela frente.
O consulado americano informou, em nota, que questões relacionadas a vistos são complexas e exigem tempo e atenção ao serem analisadas, algo que, evidentemente, deixou a dupla ainda mais angustiada.
A situação das goianas chamou a atenção nas redes sociais, onde o casal publicou um vídeo expressando sua indignação e relembrando a injustiça que sofreram na Alemanha. Nos comentários, seguidores demonstraram solidariedade e incredulidade. "Inacreditável! Muito injusto", foi um dos muitos comentários que ressaltaram a empatia da comunidade.
Jeanne e Kátyna contaram que, durante o período de encarceramento na Alemanha, enfrentaram não apenas o trauma da prisão, mas também o desprezo e maus-tratos por parte da polícia local. "Fomos presas de forma muito injusta e, se tivéssemos cumprido a legislação de lá, poderíamos ter passado 15 anos atrás das grades, perdendo toda a nossa vida", destacou Jeanne.
A veterinária Jeanne também enfatizou a importância de que as autoridades brasileiras agissem rapidamente para coletar provas que comprovassem sua inocência durante a tempestade que enfrentaram. "Agradecemos a todos os que trabalharam para enviar provas à polícia alemã. Sem esses esforços, provavelmente ainda estaríamos pagamos por um crime que não cometemos", disse.
Este caso ressalta não apenas a fragilidade dos sistemas de segurança em aeroportos, mas também as injustiças que podem surgir de circunstâncias adversas. O que aconteceu com Kátyna e Jeanne é uma advertência sobre a necessidade de vigilância e cuidado ao despachar bagagens em situações de alta vulnerabilidade.
As goianas voltam a chamar a atenção do público, pois a luta pela justiça e pela recuperação de sonhos continua, agora com uma nova batalha pela frente: a recuperação dos vistos e a busca por justiça.