O brasileiro Francisco Teixeira, de 45 anos, foi detido pelas autoridades americanas após apontar um laser verde contra aeronaves que sobrevoavam a área próxima ao Aeroporto Internacional de Miami. O incidente ocorreu na quarta-feira, 25 de dezembro, e gerou grande repercussão entre os passageiros e a equipe de controle aéreo.

Teixeira foi preso no hotel La Quinta, onde estava hospedado, após um piloto da American Airlines reportar que um laser estava sendo direcionado à sua aeronave e a outro avião. A situação alarmou as autoridades, que rapidamente enviaram policiais ao local. O oficial responsável pela investigação revelou que episódios como esse são considerados crimes federais nos Estados Unidos, devido ao risco que representam para a segurança da aviação.

Durante a audiência no tribunal, realizada na manhã de quinta-feira, Francisco Teixeira revelou que não falava inglês e precisou do auxílio de um tradutor para se comunicar. A juíza Gisela Cardonne Ely impôs uma fiança de US$ 1,5 mil (cerca de R$ 9,2 mil) para sua liberação. Contudo, até as 22h de quinta-feira, ele ainda permanecia detido. Além disso, o juiz ordenou que ele se desfizesse de todos os dispositivos de laser que possuía.

É importante destacar que a utilização de lasers em direção a aeronaves é uma prática extremamente perigosa, que pode causar sérios acidentes. As autoridades de aviação reforçam a importância de denunciar qualquer atividade suspeita nas proximidades dos aeroportos. Outra questão que vem à tona é a crescente conscientização sobre os riscos associados a essas ações. Desde 2010, houve um aumento significativo nos casos de lasers apontados para pilotos, levando a uma série de campanhas educativas esporádicas pela FAA.

O caso de Teixeira deve servir de alerta sobre a seriedade desse crime e as possíveis consequências legais que podem resultar de ações perigosas relacionadas à aviação. Afinal, a segurança dos voos deve ser sempre a prioridade máxima.