Nação

Buscas intensificadas pelo 3º dia: Duas mulheres continuam desaparecidas na Garganta do Diabo

2024-10-02

Autor: Maria

SÃO PAULO – No litoral de São Paulo, as equipes do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) da Polícia Militar iniciaram nesta segunda-feira (30/9) o terceiro dia de buscas frenéticas por Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, e Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, após o naufrágio de uma embarcação que levava sete pessoas na famosa região da Garganta do Diabo, em São Vicente. O acidente ocorreu na noite de domingo (29/9) e já resultou no resgate das outras cinco vítimas, que sofreram ferimentos leves.

Aline e Beatriz estavam a bordo durante uma festa e, momentos antes do naufrágio, Aline havia compartilhado várias fotos e vídeos nas redes sociais, deixando amigos e familiares em estado de tensões sobre seu paradeiro. As cinco pessoas resgatadas são: Vanessa Audrey da Silva, Camila Alves de Carvalho, Daniel Gonçalves Ferreira, Gabriela Santos Lima e Natan Cardoso Soares da Silva.

Camila, uma das sobreviventes, utilizou suas redes sociais para pedir orações pelas amigas desaparecidas e para desmentir rumores sobre o consumo de álcool ou drogas no barco, ressaltando que foi um acidente inesperado. "Ninguém estava embriagado. Foi um acidente. Uma hora a verdade aparece", declarou em seus Stories no Instagram. Ela também revelou que Aline e Beatriz não sabiam nadar e não estavam usando coletes salva-vidas, o que aumenta a preocupação em relação ao desfecho das buscas.

As operações de resgate estão sendo realizadas em colaboração com a Estação de Bombeiros Guarda-Vidas, a Guarda Municipal de São Vicente, além da Marinha do Brasil e da Polícia Ambiental, que estão empregando todos os recursos disponíveis.

A Marinha do Brasil já instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas e responsabilidades do naufrágio e afirmou que até o momento não foram registrados danos ambientais decorrentes do acidente.

Sobre a Garganta do Diabo, é uma área notoriamente perigosa, marcada por correntes marítimas fortes e formações rochosas irregulares, que podem criar situações de risco. Esta região de 'estrangulamento' é conhecida por suas ondas intensas, e sua topografia subaquática muda frequentemente devido a bancos de areia, o que atrai diversos surfistas que devem ficar atentos às correntes e mudanças nas condições do mar.

Além de perigosas, várias lendas urbanas cercam a Garganta do Diabo, inclusive a de que o local engolia barcos. Histórias contadas localmente dizem que a Garganta serviu de passagem para caravelas durante a fundação da Vila de São Vicente, mas essas afirmativas carecem de evidências substanciais. Enquanto as buscas por Aline e Beatriz continuam, a população e familiares permanecem esperançosos por um desfecho positivo.