A Caixa Econômica Federal anunciou mudanças significativas nas regras de financiamento para imóveis com valor de até R$ 1,5 milhão, impactando diretamente a vida de muitos brasileiros que sonham em adquirir sua casa própria. A partir de 1º de novembro de 2024, os novos ajustes entrarão em vigor e exigirão um valor de entrada maior dos compradores.

Conforme informação divulgada, a instituição irá financiar a compra ou construção de imóveis de valor de avaliação ou de compra e venda que não ultrapasse R$ 1,5 milhão. No entanto, uma regra importante é que o solicitante não pode ter outro financiamento habitacional ativo na Caixa.

As novidades não param por aí! O financiamento pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) agora permitirá financiamento de até 70% do valor do imóvel, enquanto que anteriormente o limite chegava a 80%. No caso do sistema Price, o percentual financiado será reduzido para 50%, enquanto antes era de 70%.

Para exemplificar, se antes um imóvel avaliado em R$ 700.000 podia ter até R$ 560.000 financiados no modelo SAC (80%), no novo modelo a parcela financiada será de R$ 490.000 (70%), obrigando o comprador a desembolsar R$ 210.000. No sistema Price, em vez dos habituais R$ 490.000, o novo teto será de R$ 350.000, fazendo com que o comprador tenha que investir R$ 350.000 de entrada.

Importante notar que essas alterações não se aplicam a unidades habitacionais ligadas a empreendimentos já financiados pelo banco, que manterão suas condições atuais. Portanto, os interessados em adquirir imóveis nos projetos existentes podem respirar um pouco mais aliviados.

Até setembro de 2023, a carteira de crédito habitacional da Caixa já ultrapassou a marca de R$ 800 bilhões, com mais de 7 milhões de contratos ativos. Com 68% do mercado, a Caixa se posiciona como o maior financiador de casa própria do Brasil. Em 2024, o banco concedeu R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um aumento de impressionantes 28,6% comparado ao mesmo período do ano anterior, beneficiando cerca de 2,5 milhões de clientes.

Essas mudanças podem ser um desafio, mas também refletem o panorama atual do setor imobiliário no Brasil, onde a demanda continua em alta. Os especialistas sugerem que os compradores se preparem e avaliem bem suas opções antes de prosseguir com a aquisição de imóveis nesta nova realidade do financiamento.