Negócios

Calmon: Futuro dos Elétricos e Híbridos em Suspense!

2024-10-05

Autor: Fernanda

Na atual era de incerteza global, prever o futuro do mercado de veículos elétricos e híbridos no Brasil se tornou uma tarefa monumental. Com a indústria automobilística exigindo investimentos significativos e enfrentando altos riscos, cada decisão está repleta de desafios. A insegurança dos consumidores se reflete diretamente nas escolhas que eles fazem ao optar por novos veículos.

Enquanto países como a China tentam direcionar o mercado por meio de políticas governamentais, a realidade em outros lugares é bem diferente. Mesmo no colossal mercado chinês, houve uma desaceleração nas vendas de carros elétricos neste ano. E essa tendência sombría não se restringe apenas à Ásia; ela também é evidente nos grandes polos do mundo, como os Estados Unidos e a Europa. A situação não é tão alarmante na Índia e no Japão, onde os híbridos têm mostrado um crescimento significativo.

Recentemente, um estudo da Anfavea, em colaboração com o Boston Consulting Group, revelou três cenários relacionados à descarbonização da atmosfera, tendo em vista o crescente problema das emissões de CO2. Este estudo indica que, se atualmente os eletrificados representam pouco mais de 7% das vendas, até 2030 esse número poderá saltar para 39% a 54%. Para 2035, as estimativas vão de 65% a 78%, e em 2040, uma impressionante projeção de 86% a 91%. Essa previsão divide-se entre um cenário de adoção gradual e outro de rápida aceitação, o que mostra um panorama otimista, mas complexo.

É importante esclarecer o que significa “eletrificado”. Este termo abrange veículos híbridos básicos, híbridos plenos e híbridos plug-in, cada um com diferentes níveis de assistência elétrica, em comparação com os carros 100% elétricos. Assim, o percentual de 91% projetado para 2040 inclui todas essas variantes e não apenas os modelos totalmente elétricos.

Entretanto, o cenário não é tão claro quanto parece. Recentes notícias sobre demissões em massa na Northvolt, que cortou 20% de sua equipe global e suspendeu planos de expansão na Suécia, além do abandono de projetos de reciclagem de baterias pela Stellantis e Orano, acendem um alerta. A situação financeira delicada dessas empresas levanta dúvidas sobre a solidez das previsões para o mercado de elétricos e híbridos.

Além disso, a ACEA (associação europeia da indústria automobilística) pediu uma revisão das metas de redução de emissões para 2025, uma vez que a expectativa de vendas de carros elétricos não se concretizou como o previsto. Esses desenvolvimentos culminam em um clima de incerteza que pode afetar as projeções futuras.

O que será do futuro dos veículos eletrificados? Serão os consumidores capazes de superar suas inseguranças e abraçar essa nova era tecnológica? Fique ligado para mais atualizações sobre o setor automotivo!