Um trágico acidente ocorreu na noite de terça-feira (15) em Majia, na Nigéria, quando um caminhão-tanque carregado de combustível explodiu, resultando na morte de 94 pessoas e deixando cerca de 50 feridos. O porta-voz da polícia local, Lawan Shiisu Adam, relatou que o veículo sofreu um acidente na rodovia, o que atraiu numerosos moradores que correram para recolher o combustível derramado.

Apesar das tentativas da polícia de afastar as pessoas do local do acidente, a quantidade de agentes foi insuficiente para evitar a tragédia. "Temos a confirmação de 94 mortos e quase 50 feridos", afirmou Adam à Agência France-Presse (AFP).

Esse não é um incidente isolado. No início de setembro, outro caminhão-tanque explodiu no norte da Nigéria após colidir com um veículo que transportava passageiros e gado, resultando em 59 mortes e a perda de 50 vacas. A falta de segurança nas estradas da Nigéria frequentemente leva a esses tipos de acidentes, e a população, em sua busca desesperada por combustível, coloca suas vidas em risco ao tentar coletar o material perigoso.

A mortalidade no trânsito brasileiro já é alarmante, mas na Nigéria, ela atinge proporções chocantes. Em 2023, mais de 5.000 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que muitos acidentes ficam sem registro oficial, e estima que cerca de 40 mil pessoas morram anualmente nas estradas nigerianas, o que coloca o país entre os mais perigosos do mundo para motoristas e pedestres.

O governo e as autoridades locais enfrentam grandes desafios na melhoria das condições das estradas e na segurança do trânsito. Há um apelo crescente por uma fiscalização mais rigorosa das infrações de trânsito e por campanhas de conscientização, especialmente em relação à extração ilegal de combustível de caminhões acidentados.

Essa tragédia recente é um lembrete sombrio dos riscos associados ao transporte de combustíveis em regiões onde a infraestrutura e a segurança são questionáveis. Enquanto o luto se espalha pelo país, muitos se perguntam: o que mais precisa acontecer para que mudanças reais sejam feitas na segurança nas estradas da Nigéria?