No último sábado, 11 de janeiro de 2025, os três principais partidos da Alemanha oficializaram os candidatos que concorrerão nas eleições nacionais antecipadas marcadas para 23 de fevereiro. A convocação do novo pleito ocorre após a queda do chanceler Olaf Scholz, que perdeu um voto de confiança no Parlamento em dezembro, mudando o cronograma das eleições, que estavam inicialmente previstas para setembro.

Confira abaixo quem são os candidatos e quais são suas propostas e desafios:

SPD (Partido Social-Democrata, centro-esquerda) – Olaf Scholz, 66 anos (reeleição)

Scholz foi anunciado pelo SPD em uma reunião em Berlim. Ele se apresenta como um defensor da segurança e modernização da sociedade alemã, afirmando que a Alemanha "precisa de segurança, modernização e coesão". Scholz, que já ocupou diversos cargos importantes, como o de vice-chanceler, enfrenta a particular pressão da insatisfação popular em relação à sua administração e à crise política que envolveu seu governo.

AfD (Alternativa para a Alemanha, direita) – Alice Weidel, 45 anos

A escolha de Weidel foi feita em uma convenção marcada por protestos massivos que atrasaram o evento por várias horas. A candidata defende uma política migratória restritiva e um retrocesso em iniciativas de energia renovável, propondo a destruição de turbinas eólicas e a reabertura de usinas nucleares. Nós encontramos também que Weidel tem se alinhado com a visão de Elon Musk, que a considera uma alternativa viável, e a sua agenda é cada vez mais pautada por temas controversos, cuja recepção pública está longe de ser unânime.

CDU (União Democrata Alemã, direita) – Friedrich Merz, 69 anos

Após a escolha de Merz como candidato, ele declarou que o partido está preparado para liderar uma mudança significativa nas políticas do país. Merz, que possui uma trajetória como advogado e executivo, está focado em economias no mercado de trabalho e na segurança interna, além de criticar diretamente as gestões recentes do SPD.

O Cenário Eleitoral e sua Importância

A pesquisa recente do instituto Insa, publicada pelo jornal Bild, mostra que o CDU lidera as intenções de voto com 30%, seguido pela AfD com 22% e pelo SPD com 16%. A insatisfação popular em relação aos últimos anos de governo escolar é palpável e a economia alemã continua a ser um assunto quente nas discussões públicas, exacerbando tensões sociais que apenas aumentam conforme as eleições se aproximam.

Com a dissolução do Bundestag (Parlamento Alemão) e a chamada para novas eleições, está claro que a Alemanha está à beira de um período crítico de decisões que poderão redesenhar os próximos anos. À medida que a data se aproxima, debates acalorados e manifestações populares provavelmente dominarão o cenário. Como os eleitores responderão às propostas dos candidatos? Fique ligado!