Carla Prata se abre sobre sua luta contra uma doença autoimune rara: 'Não é fácil'
2025-04-08
Autor: Matheus
"A Miastenia Gravis é uma doença que impacta severamente a comunicação entre nervos e músculos, resultando em fraqueza muscular acentuada — especialmente nos olhos, rosto, boca e até mesmo nos músculos responsáveis pela deglutição e respiração. Conversar sobre isso nunca é simples, mas sinto que é algo essencial. Muitas pessoas enfrentam essa realidade em silêncio, se sentindo isoladas e sem respostas. Se eu puder servir como um apoio, uma fonte de informação e acolhimento... já terá valido a pena", revelou Carla Prata em um vídeo emocionante.
Nesse primeiro de muitos vídeos que pretende compartilhar, a apresentadora enfatizou a importância de informar e acolher aqueles que enfrentam situações semelhantes, mostrando que é possível viver com leveza, mesmo durante os dias mais desafiadores. "A MG tem me ensinado sobre autocuidado, a respeitar o tempo do meu corpo e sobre o impacto positivo da nutrição e da escuta interna", disse.
Carla explicou como a Miastenia Gravis, uma doença rara e autoimune de origem neuromuscular, causa fraqueza extrema e fadiga. "Ela afeta os receptores de acetilcolina, e quando a acetilcolina não chega ao músculo, ele não consegue contrair. Isso afeta funções simples, como piscar, falar e até respirar”, detalhou.
Ela também comentou que a MG pode ser classificada em três formas: a ocular, que prejudica a musculatura dos olhos e da deglutição; a forma generalizada, que afeta os braços e pernas, levando ao cansaço extremo; e a crise miastênica, que pode comprometer a capacidade respiratória de forma intensa. "Eu sei que isso pode parecer muito assustador, especialmente quando comparamos essa última forma com a Covid, que gerou tanto medo nas pessoas", afirmou Carla.
Conforme dados do Ministério da Saúde, a incidência da Miastenia Gravis varia de 5 a 30 casos por milhão de habitantes por ano, com uma prevalência entre 100 a 200 casos por milhão, sendo mais comum em mulheres. A doença geralmente se manifesta em duas fases da vida: entre 20 a 34 anos nas mulheres e entre 70 a 75 anos nos homens. Essa realidade muitas vezes é desconhecida e invisível para a sociedade, e o depoimento de Carla pode ser um divisor de águas na luta por maior conscientização e compreensão sobre essa condição que afeta tantas vidas.