Caso Gritzbach: Revelações explosivas sobre o uso de celular e pix que incriminam acusado de ajudar olheiro do PCC
2024-12-08
Autor: Lucas
As investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que o sigilo financeiro de Kauê foi quebrado, expondo uma transferências via pix feita por ele para o nome de Matheus Soares. A transação ocorreu em 17 de novembro e teve como destino um endereço no Tatuapé, zona leste de São Paulo, que ambos usavam para o serviço de entrega iFood, levantando suspeitas sobre a ligação entre os dois e possíveis atividades criminosas.
Na última terça-feira, a Polícia Militar da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) prendeu Matheus Soares, que foi conduzido ao DHPP. Durante a abordagem, um casal, Gisele e Jean Alves da Silva, estava com ele e também foi levado, mas acabou sendo liberado posteriormente.
O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, responsável pela força-tarefa que investiga a morte de Gritzbach, informou que Matheus confessou ser membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) e admitiu ter dado fuga a Kauê, levando-o até o Rio de Janeiro. Essas revelações foram a chave para desvendar a trama que envolvia o assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, brutalmente executado oito dias após denunciar membros do PCC à polícia.
Eduardo Kuntz, advogado de Matheus Soares, defendeu seu cliente, afirmando que ele nunca foi ouvido oficialmente, nem é parte de uma organização criminosa ou teve envolvimento no assassinato de Gritzbach. O advogado ainda anunciou que Matheus irá depor na próxima sexta-feira, onde espera provar sua inocência.
Além disso, a situação se complicou ainda mais com a prisão de Marcos Henrique Soares Brito, 23, irmão de Matheus, e do tio deles, Allan Pereira Soares, 44. Ambos foram detidos com munições de fuzil, mas negaram as acusações. No entanto, familiares alegaram que a Rota “plantou” as munições no veículo de Allan e na moto de Marcos. A juíza Júliana Petelli da Guia considerou a prisão ilegal, resultando na soltura dos dois.
Em nota, a Secretaria Estadual da Segurança Pública enfatizou que a força-tarefa continua em diligências e que as investigações que envolvem as ações dos policiais estão sendo acompanhadas pelas corregedorias das polícias Civil e Militar. As autoridades ressaltaram seu compromisso com a transparência e imparcialidade nas investigações.
As investigações em torno do assassinato de Vinícius Gritzbach revelam que ele denunciou, dias antes de sua morte, a cúpula do PCC e agentes policiais envolvidos em casos de corrupção. As autoridades afirmaram que já identificaram um dos atiradores e um dos mandantes do crime. Além disso, o sócio de Kauê, Matheus Mota, 33, que teria cedido dois veículos para a execução do crime, teve prisão temporária decretada, mas permanece foragido. O temor é que, se encontrado, ele possa ser eliminado pelo PCC em uma tentativa de silenciar testemunhas.