
Catastrófica Crise Humanitária em Gaza: Sem Ajuda Há Mais de 30 Dias!
2025-04-08
Autor: Carolina
Uma declaração alarmante foi divulgada nesta segunda-feira (07/04) por seis líderes de organizações da ONU, incluindo o Unicef e a OMS, exigindo que autoridades mundiais intervenham para salvar os palestinos na Faixa de Gaza, que enfrentam um bloqueio total de ajuda humanitária desde o início de março.
"Com o bloqueio israelense se endurecendo e entrando em seu segundo mês, fazemos um apelo urgente para que os líderes mundiais atuem — com determinação e rapidez — para garantir o respeito aos princípios do Direito Internacional Humanitário", declarou o comunicado.
Desde o início do bloqueio, nenhuma ajuda entrou em Gaza, e o Programa Mundial de Alimentos (WFP) foi forçado a fechar 25 padarias por falta de farinha e gás. Essa situação crítica levou a uma escassez alarmante de alimentos, já que milhares de famílias dependem desses serviços diários.
Nos 60 dias de um frágil cessar-fogo, que se estendeu de 19 de janeiro a 18 de março, pude-se enviar ajuda humanitária. Contudo, a partir do bloqueio implementado por Israel em 2 de março, a entrada de alimentos, combustíveis e remédios foi severamente restringida, levando as reservas à exaustão.
A situação das crianças é especialmente devastadora: mais de 1.000 crianças foram mortas ou feridas na primeira semana após o colapso do cessar-fogo, o maior número registrado em qualquer semana do conflito até agora. "Mais de 2,1 milhões de pessoas estão presas, bombardeadas e morrendo de fome, enquanto os suprimentos básicos se acumulam nas fronteiras e recursos vitais são retidos", afirmaram os signatários.
Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, revelou que quase 400 mil pessoas foram deslocadas na Faixa de Gaza desde o reinício das operações militares em 18 de março. "Os sobreviventes sofrem um deslocamento contínuo e são forçados a viver em áreas cada vez mais restritas, onde não conseguem atender às suas necessidades básicas", lamentou Dujarric.
As agências humanitárias alertam que desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1.000 israelenses, aproximadamente 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados. Nessas condições críticas, os civis estão sem acesso a alimentos, medicamentos, roupas e outros itens essenciais para a sobrevivência, que estão retidos devido ao bloqueio.
O setor de saúde em Gaza se encontra à beira do colapso, operando apenas em capacidade limitada e carecendo de suprimentos médicos e cirúrgicos indispensáveis.
Além disso, uma controvérsia política está em curso. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir planos relacionados ao Hamas. Netanyahu mencionou que as visões de Trump para Gaza incluem a ideia de transformar a área em um empreendimento turístico, o que provocou indignação no mundo árabe e ocidental. O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou veementemente sua oposição a qualquer forma de anexação da Faixa de Gaza, enfatizando que tais planos violam o direito internacional e que a comunidade internacional deve rejeitar veementemente qualquer tentativa de deslocar a população palestina.