A insatisfação dos dirigentes da CBF com a atuação da comissão técnica da Seleção Brasileira é uma questão que já se arrastava há algum tempo, especialmente após os desastrosos confrontos recentes contra Colômbia e Argentina, que foram considerados cruciais. Durante os primeiros contatos, Carlo Ancelotti mostrou-se aberto à ideia de assumir a seleção, porém deixou claro que qualquer progresso nas negociações depende de sua disponibilidade após o Mundial de Clubes, onde o Real Madrid estará em campo entre junho e julho nos Estados Unidos.

Entretanto, a Seleção Brasileira já possui compromissos marcados para o início de junho contra o Equador, em Quito, e Paraguai, na Arena Pantanal, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O dilema atual do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, gira em torno de continuar com o técnico Dorival Júnior ou apostar mais uma vez em um interino, enquanto as conversas com Ancelotti evoluem de maneira sigilosa.

Por outro lado, a reeleição de Ednaldo até 2030 proporciona uma certa estabilidade para conduzir as negociações sem a pressão imediata de resultados, algo que foi uma preocupação em 2023 devido a incertezas jurídicas. Em Madri, especula-se que a passagem de Ancelotti pelo comando do Real Madrid pode estar chegando ao fim após o Mundial, mesmo que ele ainda possua um ano de contrato.

Com isso, Ancelotti surge como o favorito nos sonhos da CBF para liderar a Seleção, o que já influencia as decisões relacionadas à atual comissão técnica tanto a curto quanto a médio prazo. Embora outros nomes também sejam considerados pelos dirigentes da CBF, a estratégia principal parece ser aguardar que as negociações com Ancelotti se concretizem antes de explorar alternativas. Além disso, Ancelotti, conhecido por sua capacidade de gestão e por já ter trabalhado em seleções, poderia trazer uma nova era de sucesso ao Brasil, especialmente com a Copa do Mundo de 2026 à vista. O que será que o futuro reserva para o futebol brasileiro?