Recentemente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizou um teste de DNA em Vinícius Jr., que revelou a origem ancestral do atacante: a tribo Tikar, originária dos Camarões. O teste foi efetuado pela AfricanAncestry.com, uma empresa pioneira em rastreamento genético para indivíduos de ascendência africana.

O resultado da cerimônia, que foi um momento íntimo, foi revelado ao jogador em um evento emocionante no gramado da Arena Fonte Nova, em Salvador, pouco antes do aquecimento da Seleção Brasileira para o jogo contra o Uruguai. Somente o pai de Vini, Vinicius José Paixão de Oliveira, estava ciente da realização do teste e não conhecia previamente os resultados.

Durante o evento, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, entregou a Vini e seu pai um certificado de ancestralidade. Vini expressou sua alegria com a descoberta: "É importante para a gente saber de onde nós viemos. Muitas vezes, os brasileiros não têm conhecimento sobre sua ancestralidade. Fico feliz em saber que somos de Camarões também".

Gina Paige, fundadora da AfricanAncestry.com, comentou sobre a importância da revelação: "Estamos honrados em revelar as raízes africanas de Vini Jr. e de sua família. Essa reconexão com suas origens é uma forma poderosa de resistência e dignidade, especialmente em um cenário onde sua luta por justiça social dentro e fora das mídias esportivas se intensifica".

Vini Jr. tem sido um forte defensor no combate ao racismo no futebol, especialmente após enfrentar diversos episódios de racismo, principalmente na Espanha, onde atua pelo Real Madrid. "Nos últimos três meses, conseguimos colocar três ou quatro responsáveis na cadeia, fazendo com que paguem pelo crime que cometeram", afirmou o jogador em entrevista à CBF TV.

Para agregar à sua conexão com suas raízes, Vini fez questão de entrar em campo contra o Uruguai vestindo uma camisa que exibia a bandeira dos Camarões, celebrando assim não apenas seu talento em campo, mas também seu profundo orgulho por sua herança cultural.