Cemig Rumo à Privatização? CEO Revela Passos Cruciais para o Futuro!
2024-11-18
Autor: Ana
A Cemig (CMIG4), uma das maiores companhias de energia do Brasil, deu indícios de que pode avançar com o processo de privatização, mas tudo depende da aprovação de um projeto de lei e de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O CEO da empresa, Reynaldo Passanezi Filho, afirmou em uma teleconferência nesta segunda-feira que, se ambos forem aprovados, a transformação da Cemig em uma corporação se tornará possível.
"Se ambos forem aprovados, nós efetivamente podemos avançar no sentido da transformação da Cemig em uma corporação. Se apenas o projeto de lei for aprovado, o entendimento que nós temos, que é inicial, é de que há necessidade do referendo", explicou o executivo, destacando o cenário que a empresa enfrenta em termos de governança e controle.
O governo de Romeu Zema (Novo) já enviou à Assembleia um projeto de lei que visa privatizar a Cemig, tornando-a uma "corporation" sem um controlador específico, similar ao que ocorreu com a Eletrobras e a Copel durante suas respectivas desestatizações. Nesta nova estrutura, o Estado de Minas Gerais se tornaria o acionista de referência, detendo um poder de veto por meio de uma ação de classe especial, também conhecida como "golden share".
Contudo, a Constituição de Minas Gerais exige que a privatização da estatal de energia passe por referendo popular, um passo que pode ser um grande obstáculo. Um movimento anterior do governo, com uma PEC proposta no ano passado, buscou eliminar essa exigência, mas a proposta ainda aguarda uma votação.
Essas movimentações no cenário político levantam questões sobre o futuro da Cemig e seu papel no fornecimento de energia no estado e no país. Especialistas alertam que a privatização pode provocar mudanças significativas nos preços da energia, na qualidade do serviço prestado e na maneira como os investimentos em infraestrutura energética são realizados.
Conforme a situação se desenrola, muitos mineiros ficam na expectativa sobre como essa possível mudança impactará o fornecimento de energia e a economia local. O desfecho dessa trama política não é apenas uma questão de governança corporativa, mas uma decisão que poderá afetar diretamente a vida de milhões de cidadãos.