Nação

Cenário Alarmante: Um em Cada Cinco Brasileiros Mora de Aluguel, Aponta IBGE!

2024-12-12

Autor: Pedro

Uma recente pesquisa do Censo 2022 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou dados surpreendentes sobre o mercado de habitação no Brasil. Atualmente, um em cada cinco brasileiros (21%) vive em um imóvel alugado. Essa estatística alarmante destaca uma crescente tendência entre os cidadãos, refletindo uma necessidade cada vez maior de locação ao invés de aquisição de imóveis.

Após uma diminuição significativa no número de moradores de aluguel entre 1980 e 2000, a taxa começou a se elevar novamente nas últimas décadas. Em 2000, apenas 12% da população residia em domicílios alugados; esse número saltou para 16% em 2010, e agora para impressionantes 21% em 2022.

Entretanto, a maioria ainda prefere a segurança de um imóvel próprio, sendo que sete em cada dez brasileiros vive nessa condição. Entre eles, 63% possuem casas quitadas, muitas delas herdadas, e 9% vivem em imóveis financiados. Curiosamente, existem ainda 5,62% da população em residências emprestadas, enquanto menos de 1% está em situações diversas.

Observando as regiões, São Paulo se destaca como o estado com a maior concentração de pessoas morando de aluguel, contabilizando cerca de 11 milhões de habitantes nessa situação. Minas Gerais e Rio de Janeiro seguem na sequência, com 4,3 milhões e 3,5 milhões, respectivamente. O Centro-Oeste aparece como a região com a maior proporção de locatários, onde 26,7% dos residentes vivem em propriedades alugadas.

Dentre os municípios, é alarmante notar que Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, apresenta mais da metade da população (52%) vivendo em alugueis. Em Balneário Camboriú (SC), 45,2% dos habitantes residem em imóveis alugados, enquanto em Cametá (PA) esse número é de apenas 3,1%.

A faixa etária mais afetada pela locação é entre 25 e 29 anos, onde a porcentagem de locatários chega a 30%. Em contraste, a maioria dos proprietários de imóveis financiados é composta por pessoas com idades entre 35 e 39 anos. Quanto aos proprietários que adquiriram ou herdaram suas casas, a maioria tem 70 anos ou mais, o que levanta questões sobre a transição geracional em relação ao mercado imobiliário.

Um ponto interessante é que dos 72 milhões de domicílios ocupados para moradia permanente no Brasil, 22% são alugados, representando uma nova realidade para o setor habitacional. O crescimento nos números de imóveis alugados é constante; em 2010, 18% do total eram alugados, um aumento significativo em comparação com 14% em 2000. Além disso, das residências alugadas, 16% são casas, enquanto apenas 5% são apartamentos.

Por outro lado, 1,2 milhões de brasileiros vivem em condições precárias, em domicílios de taipa sem revestimento, o que evidencia a grave desigualdade social que ainda persiste no país. As autoridades precisam urgentemente analisar essa situação e implementar políticas que promovam a acessibilidade à moradia digna para todos.

Esses números revelam um cenário de vulnerabilidade e urgência, posicionando a questão da habitação como um dos principais desafios sociais do Brasil contemporâneo.