
Cenas de desespero: passageiro fica a um passo do cruzeiro e acaba barrado
2025-03-25
Autor: Lucas
Na última semana, dois passageiros vivenciaram um verdadeiro pesadelo no terminal de cruzeiros de Santos. Alessandro Joda, de 41 anos, e o influenciador digital Wallace Santos Soares, conhecido como Pulga, de 47 anos, foram barrados na porta do navio, apesar de já terem comprado pacotes de viagem caros, que em alguns casos chegaram a R$ 12 mil!
Os relatos são de filas intermináveis, que chegaram a durar até 14 horas, sem acesso a água e alimentos. "Era um mar de gente desesperada, chorando e passando mal. As pessoas eram tratadas como se não importassem", desabafou Pulga. O comandante do cruzeiro, em um cenário caótico, simplesmente desconsiderou os atendentes e lascou a frase que ecoou entre os passageiros: "Ninguém mais embarcaria".
A situação no terminal era tão crítica que os atendimentos eram feitos de maneira manual e confusa, com informações geridas apenas por algumas pessoas que mal conseguiam lidar com a demanda. "Cerca de 300 a 400 pessoas ficaram de fora. A falta de estrutura foi evidente", afirmou Joda, que filmou toda a situação e publicou nas redes sociais.
Após todo o transtorno, a companhia On Board Entretenimento se comprometeu a reembolsar os valores pagos pelos passageiros, mas muitos questionam a sinceridade dessa promessa diante do caos que se instalou. Pulga revelou que a vendedora que lhe ofereceu o pacote desapareceu misteriosamente durante a confusão, apenas para reaparecer mais tarde enviando mensagens de dentro do navio.
Os passageiros foram acomodados em um hotel, o Ibis, mas o atendimento foi criticado devido à falta de opções de refeições. "Era um pesadelo atrás do outro", lamentou Pulga.
A situação gerou a intervenção da Polícia Civil e da Polícia Federal, que atuaram para conter a confusão no local. De acordo com os relatos, muitos dos representantes da empresa nem apareceram para dar explicações responsáveis, deixando os passageiros à deriva durante horas de angústia.
Além disso, um alerta foi feito em relação ao mercado de cruzeiros, que pode estar lidando com a prática de 'overbooking'. Especialistas em direito do consumidor afirmam que a venda de mais bilhetes do que a capacidade do navio é ilegal e pode resultar em severas sanções. Se provado que a On Board agiu de má-fé, as consequências legais podem ser devastadoras, incluindo indenizações que podem ultrapassar R$ 8 mil por passageiro.
Esse episódio traz à tona não apenas a frustração dos passageiros, mas também a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa nas empresas de turismo, especialmente em um tão sonhado passeio como um cruzeiro. As histórias de desespero e abandono devem ser um alerta para todos que planejam suas férias em alto-mar!