Cessar-fogo entre Israel e Hamas: Netanyahu revela 'progresso' nas negociações
2024-12-23
Autor: Gabriel
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, anunciou nesta segunda-feira (23) que houve "um certo progresso" nas negociações para um novo acordo de cessar-fogo com o Hamas. Durante um discurso no Parlamento, em meio a provocações de membros da oposição, ele destacou que Israel obteve "grandes conquistas" em várias frentes militares, resultando em uma pressão significativa sobre o Hamas, que teria levado o grupo a suavizar suas exigências em relação à libertação de prisioneiros na faixa de Gaza.
Além disso, Netanyahu reafirmou o compromisso do governo israelense em continuar as operações até que os reféns sejam trazidos de volta, agradecendo o apoio dos "amigos americanos" nesse processo.
Fontes tanto israelenses quanto palestinas relataram à agência de notícias Reuters que as diferenças nas negociações têm diminuído, embora ainda existam questões pendentes. Um exemplo recente que agrava a situação é a confession do ministro da Defesa israelense, Israel Katz, que admitiu publicamente o assassinato de Ismail Haniyeh, ex-chefe do Hamas, o que intensificou a relação já tensa entre Israel e o Irã.
Os esforços para um cessar-fogo renovado ganham força este mês, com a mediação do Egito, Catar e Estados Unidos. Uma autoridade palestina envolvida nas negociações mencionou que, apesar de alguns pontos de discordância terem sido resolvidos, a identidade dos prisioneiros palestinos que seriam trocados ainda precisa ser definida, assim como a presença das tropas israelenses em Gaza.
O ministro israelense Amichai Chikli comentou à rádio Kan que, embora algumas questões-chave ainda estejam em negociação, as partes estão mais próximas de um acordo do que nos últimos meses. "Este cessar-fogo pode durar seis meses ou até dez anos, dependendo da dinâmica no terreno", disse.
Historicamente, a duração do cessar-fogo tem sido um ponto de discórdia nas negociações. O Hamas busca um fim às hostilidades, enquanto Israel deseja antes desmantelar o governo do Hamas em Gaza.
Uma resolução da ONU que pedia a "liberação imediata e incondicional de todos os reféns" recebeu 158 votos a favor, nove contra e 13 abstenções, mas foi bloqueada no Conselho de Segurança em novembro pelo veto dos Estados Unidos. O cenário continua incerto, mas a esperança de um acordo se renova com as recentes declarações de progresso.