
Chamada INCT: Brasil Escolhe 121 Novos Institutos para Revolucionar a Ciência
2025-03-20
Autor: Maria
O Brasil está prestes a dar um grande passo na ciência e tecnologia com a aprovação de 121 novas redes multi-institucionais e interdisciplinares, conforme o resultado preliminar da chamada para novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), divulgado pelo CNPq. Essa iniciativa visa enfrentar desafios nacionais fundamentais com pesquisa de alta qualidade.
Os projetos aprovados na chamada 46/2024 receberão um investimento robusto de R$ 1,45 bilhão, que representa aproximadamente 23% das 521 propostas recomendadas entre as 651 enviadas. Este novo investimento é cinco vezes maior que o da chamada anterior, e o valor máximo por proposta dobrou, alcançando R$ 15 milhões! As contratações devem ser finalized até maio, após a fase de recursos e a divulgação do resultado final.
"Este é um dos programas mais cruciais para o fortalecimento da ciência no Brasil, com uma demanda excepcionalmente qualificada. Estamos explorando parcerias com fundações estaduais para apoiar propostas que, apesar de serem muito bem qualificados, não foram prioritárias. Isso é fundamental para o avanço da ciência no país", comentou Ricardo Galvão, presidente do CNPq.
Com essa nova leva de contratações, o Brasil terá um total de 221 INCTs, refletindo um crescimento de cerca de 10% em relação ao total atual de 202. Essa expansão inclui 102 institutos contratados na chamada de 2014 e outros 100 da chamada de 2022, que têm validade até 2027 ou 2028.
O investimento de R$ 1 bilhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) será combinado com apoios adicionais: R$ 200 milhões da Fapesp, R$ 150 milhões da Faperj, R$ 100 milhões do Ministério da Saúde, R$ 50 milhões da Capes, R$ 50 milhões da Fapemig e R$ 10 milhões da Fapes.
"Estamos entusiasmados com essa iniciativa. Os INCTs são redes de elite que promovem pesquisas de excelência. Esta é a maior chamada em termos financeiros na história do CNPq, possibilitada por um significativo aporte do FNDCT e colaborações robustas com FAPs, o Ministério da Saúde e Capes", destacou Dalila Andrade Oliveira, diretora de Cooperação Institucional do CNPq.
Dentre os R$ 1 bilhão destinados pelo FNDCT, impressionantes 39% serão alocados para projetos nas regiões Nordeste (R$ 221,7 milhões), Norte (R$ 95,7 milhões) e Centro-Oeste (R$ 75,3 milhões), superando a exigência mínima de 30% estabelecida no edital para promover o desenvolvimento científico nessas áreas.
O Programa INCT foi criado em 2008 de uma colaboração frutífera entre CNPq e MCTI, ganhando posteriormente o apoio de fundações estaduais. Ele abrange importantes projetos de pesquisa em áreas complexas, formando grandes redes de pesquisa nacional focadas em cooperação internacional e desenvolvimento de projetos de alto impacto.
Ao longo dos 16 anos de sua existência, o programa estabeleceu mais de 1.835 parcerias nacionais e 1.302 internacionais, envolvendo colaborações com 515 empresas brasileiras e mais de 139 estrangeiras, e iniciativa na formação de especialistas altamente qualificados em diversas áreas do conhecimento.
Apesar dos desafios e ameaças enfrentados nos últimos anos, o programa foi mantido graças ao desbloqueio de recursos do FNDCT, garantido ainda na transição para o atual governo federal no final de 2022. Essa é uma vitória crucial para o futuro da ciência no Brasil, e a expectativa é que esses novos institutos tragam inovação e soluções para os problemas mais relevantes do país!