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Chineses Adquirem Embu, Uma das Maiores Pedreiras do Brasil: O Que Isso Significa Para o Futuro do Setor?

2024-12-16

Autor: João

É inegável que o mundo está mais interconectado do que nunca, e enquanto alguns países buscam inovações tecnológicas, o Brasil, por sua vez, parece estar vendendo pedras!

A gigante chinesa Huaxin Cement, avaliada em impressionantes US$ 2,3 bilhões na Bolsa de Xangai, fechou um acordo para adquirir a Embu, uma das mais significativas pedreiras do Brasil, que possui uma capacidade produtiva monumental de 8,8 milhões de toneladas de agregados por ano. O valor da transação? Nada menos que US$ 186 milhões, o que equivale a pouco mais de R$ 1 bilhão.

O que muitos não sabem é que a Embu possuí diversas operações na região metropolitana de São Paulo, incluindo quatro pedreiras que produzem materiais fundamentais para a construção civil, como pedra britada e areia. No último ano, a empresa alcançou uma produção de 6,3 milhões de toneladas e um lucro líquido de aproximadamente R$ 20 milhões. Entre as operações, a pedreira de Itapeti, localizada em Mogi das Cruzes, se destaca como a maior.

A história da Embu é fascinante. Fundada por um ex-executivo da Camargo Corrêa nos anos 60, a companhia cresceu ao longo das décadas, garantindo a parceria de outra família que adquiriu 40% do negócio. Agora, com a venda de 100% de suas ações, um novo capítulo começa para a empresa sob a liderança da Huaxin.

A venda foi realizada após um intenso processo competitivo, que incluiu a contratação do Itaú BBA como assessor financeiro. Além da Huaxin, outros interessados participaram da disputa, corroborando a atratividade do ativo.

Para a Huaxin, esta aquisição é uma porta de entrada para o Brasil, um país que a empresa descreve como rico em recursos naturais e com uma população de 213 milhões de habitantes. A companhia ainda considera o Brasil como o primeiro país da América Latina a estabelecer uma parceria abrangente e estratégica com a China, reforçando a importância do mercado latino-americano.

Embora a Huaxin já tenha considerado priorizar operações da InterCement, a empresa escolheu seguir em frente com a Embu e, no ano passado, consolidou operações significativas na África do Sul e em Moçambique.

O impacto dessa aquisição vai além do simples comércio de pedra. A Huaxin vê isso como um passo vital em sua estratégia de diversificação geográfica, um movimento que poderá ajudar a enfrentar uma eventual queda na demanda em seu mercado interno. Este é um marco não apenas para a empresa, mas também para o desenvolvimento do mercado de materiais de construção na América Latina, sendo a primeira incursão de uma grande cimenteira chinesa no Brasil.

O que isso significa para o futuro do setor de construção no Brasil? Preparados para saber mais sobre a revolução que essa aquisição pode trazer? Fique atento!