Na manhã desta sexta-feira, 14, a vice-cônsul da Colômbia em São Paulo, Claudia Ortiz Vaca, foi vítima de um atentado violento durante uma tentativa de assalto na movimentada Avenida Nove de Julho, nos Jardins, uma das áreas mais centrais da capital paulista. As informações revelam que a diplomata estava caminhando pela avenida quando se deparou com a situação alarmante de uma mulher sendo abordada dentro de um táxi por assaltantes.

Um policial militar que passava pelo local decidiu intervir e disparou contra os três criminosos. Infelizmente, no meio da confusão, Claudia foi atingida por uma bala na altura da cintura, gerando pânico e preocupação. A ação do policial acontece em meio a um aumento alarmante na criminalidade na região, com uma elevação de 23,2% nos latrocínios (roubos seguidos de morte) apenas em 2024.

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia confirmou que Claudia foi submetida a uma cirurgia e que seu estado de saúde é considerado estável, com ela recebendo cuidados médicos no renomado Hospital Albert Einstein.

De acordo com relatos, o incidente começou quando o celular da mulher que estava no táxi caiu e um dos ladrões entrou no carro para tentar pegá-lo. Em meio a uma luta desesperada, Claudia tentou escapar, mas foi atingida enquanto tentava evitar a área com vidro quebrado. O taxista que estava na cena se viu envolvido e, ao tentar segurar um dos assaltantes, acabou se sentindo ameaçado por uma arma, resultando na sua decisão de se afastar.

Segundo o boletim de ocorrência, o policial militar de folga estava em um carro de aplicativo quando percebeu o crime ocorrendo a alguns metros de distância. Ele se identificou como policial e tentou tomar controle da situação. A perícia inicial indica que foram feitos pelo menos quatro disparos, mas apenas um atingiu a diplomata, que ainda teve cortes na mão direita devido ao vidro quebrado. 'Desabei e comecei a chorar muito com tudo que aconteceu', declarou Claudia à polícia após o episódio.

As investigações já levaram à prisão de um dos suspeitos, identificado como Bruno Narbutis Borin, 19 anos, que possui um extenso histórico criminal com passagens por tráfico de drogas, furtos e até latrocínio. O advogado de defesa argumenta que houve um erro por parte do policial, afirmando que não houve troca de tiros e que os suspeitos não estavam armados.

O clima de insegurança que assola a cidade de São Paulo tem gerado debates acalorados sobre a eficácia das políticas de segurança pública. Esse caso é mais um entre muitos que refletem a urgência de soluções para conter a violência crescente nas grandes cidades brasileiras. O que mais acontecerá em um cenário onde até mesmo diplomatas não estão a salvo? Fique ligado para mais atualizações!