Saúde

Choque de Realidade: Atendimento Psicológico para GCMs em SP Quase Triplica em 2024 e Alerta Para Crise Silenciosa

2025-01-08

Autor: Julia

Introdução

Uma onda alarmante está varrendo as forças de segurança de São Paulo: o atendimento psicológico para Guardas Civis Municipais (GCMs) quase triplicou em 2024. Esses dados preocupantes vêm à tona em um contexto onde especialistas discutem a grave saúde mental dos agentes. A situação é ainda mais crítica após o assassinato do secretário-adjunto Adilson Custódio Moreira pelo agente civil Henrique Marival de Sousa, que levanta preocupações sobre o impacto das condições de trabalho e a pressão que esses profissionais enfrentam.

Pressão sobre os GCMs

A presidente da ONG AFAPM, Renata Marcondes, aponta que a guarda é frequentemente cobrada para atuar com a mesma intensidade da Polícia Militar, resultando em uma pressão imensa que desestabiliza a saúde mental dos profissionais. Em declarações recentes, ela enfatiza que a verdadeira questão reside na cabeça dos agentes, onde baixos salários e condições de trabalho desgastantes criam um ambiente tóxico.

Dados Alarmantes

De acordo com dados disponibilizados pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana de São Paulo, de janeiro a setembro de 2023, a cifra de GCMs que buscaram atendimento psicológico registrou um crescimento alarmante, alcançando 1.626 atendimentos - o maior número desde o início dos registros em 2014. No total, o programa 'Casa de Atenção' já efetuou 11.992 atendimentos desde sua inauguração em abril de 2014, evidenciando uma tendência preocupante.

Situação Crítica em Regiões Específicas

Com a pressão crescente sobre os GCMs, a situação em algumas regiões se torna ainda mais crítica. Por exemplo, em Rio Grande da Serra, todas as operações da Guarda Civil Municipal foram suspensas devido ao vencimento dos coletes balísticos, essenciais para garantir a segurança dos próprios guardas. Isso demonstra não apenas a falta de recursos, mas também um desprezo alarmante pela segurança e saúde mental dos agentes que patrulham as ruas.

Cultura Violenta e Seus Efeitos

Lizandra, uma psicanalista criminal que atende membros das forças de segurança, aponta que a cultura violenta dentro das corporações exacerba ainda mais o problema. Ela menciona que a pressão cotidiana resulta em sinais sutis, como o aumento no uso de substâncias químicas entre os agentes, dificuldades de expressão emocional e queda no desempenho profissional. Esses sinais, embora discretos, são cruciais e indicam a necessidade de intervenção imediata.

Reflexão sobre a Saúde Mental e a Sociedade

O cenário se torna ainda mais desolador quando consideramos que a saúde mental dos GCMs não é apenas uma questão individual, mas reflete um problema sistêmico que afeta toda a sociedade. O aumento da violência e a pressão nas ruas exigem uma atenção urgente às condições de trabalho e ao suporte psicológico destes profissionais. Sem um atendimento adequado e uma mudança estrutural, o ciclo de sofrimento pode se perpetuar.

Conclusão e Chamado à Ação

Em resposta aos dados alarmantes, as autoridades precisam agir rapidamente e oferecer o suporte necessário para prevenir uma possível crise dentro da segurança pública. Afinal, a saúde mental de quem zela pela nossa segurança não pode ser ignorada. O que você acha que deve ser feito para atender essa demanda crescente? A sociedade precisa exigir respostas das autoridades!