Cientista brasileiro embarca em missão histórica ao espaço para desvendar os mistérios do autismo e do Alzheimer!
2024-11-18
Autor: Julia
Missão Inovadora com a NASA
Alysson Muotri, um destacado professor e chefe do Muotri Lab na Universidade da Califórnia, fará parte de uma missão inovadora com a NASA planejada para entre o final de 2025 e o início de 2026. Essa emocionante viagem ao espaço visa analisar o progresso de doenças neurológicas e, quem sabe, descobrir tratamentos ou até mesmo uma cura para o transtorno do espectro autista e a doença de Alzheimer.
Primeira Equipe Brasileira no Espaço
Juntando-se a Muotri, quatro outros cientistas brasileiros – que ainda não foram revelados – formarão a primeira equipe de pesquisadores do Brasil a viajar para o espaço. Eles embarcarão no foguete Falcon 9 da SpaceX, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS), onde investigarão os efeitos da microgravidade no cérebro humano. Este será um marco na história da ciência nacional, pois será a primeira vez que um pesquisador brasileiro conduzirá uma missão científica na ISS.
Organoides Cerebrais e Pesquisas Espaciais
As ferramentas de pesquisa são os organoides cerebrais, conhecidos como 'minicérebros'. Focados na estrutura e funcionamento do cérebro humano, estes organoides são criados a partir de células-tronco e replicam as funções neuronais. Os organoides utilizados nesta pesquisa serão originados de pacientes que padecem de Alzheimer e estão dentro do espectro autista.
Experiência de Envelhecimento Acelerado
Curiosamente, desde 2019, organoides já foram enviados ao espaço, mas sem a presença de cientistas para supervisionar os experimentos. Descobriu-se que 30 dias de experiência no espaço equivalem a 10 anos de envelhecimento para os 'minicérebros' na Terra. Muotri considera essa missão uma oportunidade única de 'viajar no tempo', facilitando o avanço das pesquisas em um ambiente que pode proporcionar respostas mais rápidas para o entendimento e tratamento dessas doenças que afetam milhões de pessoas.
Ferramentas e Metodologia de Pesquisa
Os organoides serão transportados em caixas automatizadas conectadas a sistemas para monitoramento e controle remoto do experimento. Durante a viagem, será feita a aplicação de bioativos, que são compostos bioativos extraídos da biodiversidade da floresta amazônica, para testar sua eficácia na proteção contra o Alzheimer. Além disso, haverá uma fase de microscopia onde os cientistas poderão observar como os organoides formam sinapses, um passo essencial para entender a neurociência por trás dessas condições.
Parceria e Apoio Governamental
A alternativa de levar astronautas da NASA para conduzir a pesquisa foi considerada, mas a falta de experiência específica para o tipo de estudo exigido levou à escolha dos pesquisadores brasileiros. Em uma iniciativa louvável, Muotri anunciou uma parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para garantir que, caso sejam descobertos novos tratamentos, parte dos lucros será destinada às tribos indígenas que contribuíram para a elaboração dos fármacos, além de apoiar a preservação da Amazônia.
Democratização do Acesso aos Tratamentos
O cientista também busca o apoio do governo brasileiro para garantir que os tratamentos potenciais sejam oferecidos através do Sistema Único de Saúde (SUS), democratizando o acesso a essas inovações que podem transformar vidas. Prepare-se para acompanhar essa missão que pode mudar a história da medicina!