Ciência

Cientista levanta polêmica: Experimentos da NASA podem ter exterminado qualquer vida em Marte!

2024-11-18

Autor: Maria

Uma reportagem recente do Space trouxe à tona uma ideia impactante: os primeiros experimentos realizados pela NASA em Marte podem ter contribuído para a exterminação de possíveis formas de vida no planeta vermelho. Naquela época, o conhecimento sobre as condições ambientais de Marte era escasso, e a metodologia de detecção de vida utilizada nas missões foi elaborada com base em técnicas comuns de cultivo de microrganismos na Terra.

Esses experimentos envolveram a adição de água e nutrientes às amostras de solo marciano, com o objetivo de identificar sinais de microrganismos. As mensagens que os cientistas buscavam incluíam crescimento, reprodução e consumo de energia, sinais clássicos de vida. Em um momento crucial, os módulos Viking 1 relataram uma detecção que poderia ser um indicativo de atividade microbiana. A princípio, a expectativa era que a evidência de vida em Marte havia sido encontrada. No entanto, com o passar dos anos, a maioria dos cientistas veio a concordar que esses resultados foram, na verdade, inconclusivos ou mesmo negativos.

Recentemente, em uma publicação no periódico Nature Astronomy, o pesquisador Schulze-Makuch fez uma argumentação alarmante. Segundo ele, Marte, atualmente conhecido como um dos lugares mais áridos do sistema solar, é ainda mais seco que o Deserto do Atacama, no Chile. Ele enfatiza que, para qualquer possível vida análoga a microrganismos que pudesse existir no passado, a adição de água poderia ser fatal. Uma única gota a mais de água poderia ser suficiente para prejudicar esses organismos adaptados a condições extremas.

Schulze-Makuch ainda explica que, de acordo com conceitos científicos, sais podem auxiliar organismos a extrair água da atmosfera. Uma descoberta fascinante é o fenômeno de histerese — um atraso na cristalização quando a água é removida, que poderia permitir que a água permanecesse em forma líquida por mais tempo do que o esperado, tornando-se acessível a microrganismos.

"Embora ainda não possamos afirmar categoricamente que há vida em Marte, é inegável que o planeta, há cerca de 4 bilhões de anos, tinha condições semelhantes às da Terra, com água em abundância. À medida que ele se tornava mais árido, essas adaptações seriam cruciais para qualquer vida sobrevivente", ressaltou Schulze-Makuch.

Por fim, ele sugere que, se efetivamente existirem organismos sobreviventes em Marte, a NASA deve reavaliar sua abordagem atual, que se baseia na busca por água. Em vez disso, Schulze-Makuch propõe que a agência espacial mude para a detecção de compostos hidratados e higroscópicos, como sais, que poderiam oferecer novas pistas sobre a existência de vida além da Terra.

Essa troca de estratégia poderia não só alterar a direção das pesquisas futuras em Marte, mas também abrir novas possibilidades de descoberta sobre a vida microbiana em ambientes extremos, não só no planeta vermelho, mas em outros corpos celestes do nosso sistema solar.