
Cientistas criam quasicristal do tempo dentro de um diamante: entenda essa revolução na física quântica!
2025-03-31
Autor: Lucas
Em uma descoberta que promete revolucionar a física quântica, pesquisadores da Universidade de Washington revelaram a criação do primeiro quasicristal temporal dentro de um diamante. Mas, o que isso significa e quais são suas implicações?
Os quasicristais são sólidos que apresentam padrões atômicos não repetitivos, situando-se entre cristais convencionais e materiais amorfos. Eles representam um avanço significativo na compreensão dos estados da matéria. A sua nova vertente, os quasicristais do tempo, não só não possuem repetição espacial, mas têm oscilações periódicas no tempo, adicionando uma quarta dimensão ao conceito de cristais.
Guanghui He, um dos principais pesquisadores envolvidos no estudo, utilizou lasers para eletrocutar um diamante, resultando em uma estrutura que fixa padrões temporais únicos. “Esses quasicristais têm o potencial de armazenar memória quântica por longos períodos, funcionando como uma espécie de RAM quântica. Embora ainda estejamos distantes de aplicações práticas, a criação desse quasicristal é um passo essencial”, afirmou Chong Zu, físico da equipe.
Os quasicristais foram originalmente descobertos na década de 1980 pelo físico Daniel Shechtman, que recebeu o Prêmio Nobel de Química em 2011 por esse feito, embora enfrentasse resistência inicial de seus pares. De acordo com Carlos Basílio Pinheiro, da Universidade Federal de Minas Gerais, um cristal é formado por átomos organizados em um padrão periódico, mas quasicristais rompem essa regularidade, não possuindo células unitárias repetitivas.
É importante destacar que essa nova classe de cristais do tempo foi proposta por Frank Wilczek, vencedor do Prêmio Nobel de Física em 2004. As implicações dos quasicristais do tempo se estendem além da teoria básica, podendo influenciar áreas como a metrologia, que trata da medição do tempo e de outras grandezas físicas.
Os pesquisadores acreditam que, além de sua complexidade matemática, uma maior compreensão dos quasicristais do tempo poderá levar a inovações tecnológicas sem precedentes, revolucionando a forma como medimos e interagimos com o tempo. À medida que as investigações continuam, o que nos resta é acompanhar atentamente as próximas etapas dessa fascinante jornada pela física quântica.