O alarmante aumento de casos de hipertensão no Brasil alcançou níveis recordes em 2023, afetando quase 28% da população, conforme dados do Instituto Nacional de Cardiologia e do Ministério da Saúde. Essa é a maior taxa registrada desde que os números começaram a ser monitorados, em 2006, e as consequências para a saúde pública são preocupantes.

Diante dessa situação crítica, qualquer descoberta que possa ajudar no controle da pressão arterial é de extrema relevância. Uma importante pesquisa realizada pelo Hospital Yangtze na China destaca que o consumo regular de maçãs está ligado à significativa redução do risco de morte entre pessoas hipertensas.

Publicado na renomada revista Frontiers in Nutrition, o estudo acompanhou 2.480 homens e mulheres de meia-idade diagnosticados com hipertensão ao longo de uma década. Durante esse período, foram registradas 658 mortes, e os cientistas adotaram um modelo estatístico conhecido como regressão de Cox para considerar variáveis como idade, sexo e hábitos de vida nas conclusões.

Os resultados foram surpreendentes: consumir maçãs de três a seis vezes por semana pode diminuir em até 39% o risco de morte por diversas causas em indivíduos com pressão alta.

Além das maçãs, outro fruto que também veio à tona foi a banana, mostrando reduções de risco de aproximadamente 30% quando incluída na dieta. A combinação de ambas as frutas apresentou um efeito ainda mais impressionante, com uma diminuição de quase 50% no risco de mortalidade. "Esses resultados sublinham a importância de uma alimentação balanceada e rica em frutas", comentaram os pesquisadores.

Embora frutas como peras, abacaxis e uvas não tenham demonstrado efeitos semelhantes, os benefícios das maçãs e bananas são atribuídos a seus altos níveis de fibras, antioxidantes e compostos bioativos, fundamentais para a saúde cardiovascular e controle da hipertensão.

Mas, afinal, por que as maçãs são consideradas um “superalimento”? Segundo a nutricionista Letícia Vieira, as maçãs são ricas em antioxidantes e vitamina C, que fortalecem o sistema imunológico. Além disso, o potássio presente na maçã é essencial para a função cardíaca e regulação da pressão arterial.

"Os compostos bioativos, como quercetina, catequinas e ácido clorogênico, presentes nas maçãs combatem radicais livres e ajudam a reduzir a inflamação no organismo", afirma Letícia.

Outro ponto importante é a casca da maçã, onde, segundo a nutricionista funcional Beatriz Fausto, estão concentrados muitos dos nutrientes benéficos. "A casca é rica em fibras e fitoquímicos, e é altamente recomendável optar por maçãs orgânicas para maximizar os benefícios à saúde", sugere Beatriz.

Então, se você ainda não incluiu essas frutas em sua dieta, aqui estão quatro razões que devem convencê-lo a fazer isso agora: