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Cientistas Revelam os Segredos de Yana: A Filhote de Mamute de 130 Mil Anos!

2025-04-04

Autor: João

No coração do Extremo Oriente Russo, uma história impressionante está se desenrolando. Cientistas estão conduzindo uma necrópsia em Yana, uma filhote de mamute com incríveis 130 mil anos, cujos restos foram encontrados no ano passado em notável estado de conservação. Artemi Goncharov, chefe do laboratório de genômica funcional e proteômica de microorganismos do Instituto de Medicina Experimental de São Petersburgo, expressou sua empolgação: "Esta necrópsia nos dá a oportunidade única de estudar o passado de nosso planeta!"

Yana, com 120 centímetros de altura e 200 centímetros de largura, foi desenterrada do permafrost na república russa de Sakha, uma vasta região siberiana. Os especialistas acreditam que ela pode ser o mamute mais bem preservado do mundo, com pele que ainda exibe alguns pelos e uma coloração marrom-acinzentada fascinante.

Seu corpo apresenta características impressionantes: a tromba curvada se direciona para a boca e as órbitas oculares são visíveis, assim como suas patas enrugadas. Este achado inestimável promete oferecer novas informações sobre a vida no Pleistoceno, um período distante, mas vital para a compreensão da evolução dos mamíferos.

Na necrópsia realizada por seis pesquisadores no Museu do Mamute de Yakutsk, os cientistas vestiam trajes estéreis, óculos e máscaras, trabalhando por horas meticulosamente. Goncharov destaca que "muitos órgãos e tecidos estão extremamente bem preservados", o que é raro em espécimes de tal antiguidade.

Os cientistas descobriram que o tubo digestivo de Yana ainda está parcialmente conservado, assim como o estômago e partes do intestino, especificamente o cólon. Enquanto um dos pesquisadores atentamente corta a pele com tesouras cirúrgicas, outro faz incisões na parede interna com bisturi. Os tecidos extraídos são cuidadosamente armazenados em frascos herméticos para análises futuras.

Além disso, a análise das genitálias do mamute filhote é crucial. "Estudamos a microbiota que habitava seu corpo quando estava viva", explicou Artiom Nedoloujko, do Laboratório de Paleogenômica da Universidade Europeia de São Petersburgo. Os odores, uma intrigante mistura de terra fermentada e carne em decomposição, oferecem um vislumbre da vida na Sibéria antiga.

Originalmente, acreditava-se que Yana tivesse vivido há cerca de 50 mil anos, mas análises subsequentes da camada de permafrost revelaram que ela realmente viveu há mais de 130 mil anos, segundo Maxim Cheprassov, diretor do Museu do Mamute da Universidade Federal do Nordeste da Rússia. Com certeza, Yana era um mamute jovem, com mais de um ano quando morreu, como indica o crescimento de sua presa de leite. Resta investigar as razões de sua morte precoce, considerando que os humanos naquela época ainda não haviam chegado à região; sua presença só é registrada entre 28.000 e 32.000 anos atrás.

O notável estado de preservação de Yana é atribuído ao permafrost, um solo congelado que age como um enorme congelador, mantendo inteiros os corpos de animais pré-históricos. O achado foi feito durante um período de derretimento do permafrost, um fenômeno relacionado ao aquecimento global, um lembrete da fragilidade de nosso planeta e da importância de preservar nossas descobertas científicas.