Saúde

Cirurgião Revela Inovações no Tratamento Cirúrgico do Câncer de Mama: 'A Procedimento Será Cada Vez Menos Invasivo!'

2024-10-04

O câncer de mama continua a ser um dos maiores desafios da saúde feminina, posicionando-se como o segundo tipo mais comum entre mulheres no Brasil, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Projeções indicam que até 2025, cerca de 74 mil casos novos de câncer de mama devem ser diagnosticados todos os anos.

Contudo, a boa notícia é que um diagnóstico precoce pode elevar significativamente as chances de cura. Exames regulares como o autoexame de mama, mamografias e ultrassonografias são cruciais não apenas para a detecção precoce, mas também para a conscientização sobre os fatores de risco associados à doença. O acesso à informação e à orientação médica são vitais na luta contra essa enfermidade.

A mastectomia, tradicionalmente considerada a principal forma de tratamento, envolve a remoção total da mama afetada. O Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), enfatiza que embora essa técnica tenha sido eficaz por muitos anos, ela pode deixar cicatrizes visíveis e impactar negativamente a autoestima das pacientes.

Recentemente, houve um avanço significativo na abordagem cirúrgica para o tratamento do câncer de mama. O Dr. Amato destaca que em certos casos é possível realizar a reconstrução mamária com implantes de silicone imediatamente após a mastectomia, mas isso depende da avaliação cuidadosa do tratamento oncológico a ser seguido. A remoção excessiva de tecido ou a necessidade de tratamentos complementares, como a radioterapia, podem dificultar a reconstrução imediata.

"À medida que a ciência avança, a tendência é que as cirurgias se tornem cada vez menos invasivas. As novas técnicas visam realizar ressecções menores, preservando mais tecido saudável, o que resulta em resultados estéticos mais satisfatórios", destaca o especialista.

Dentre as principais dúvidas abordadas em consultas sobre o câncer de mama, três se destacam:

1. Próteses de silicone aumentam o risco de desenvolver câncer de mama?

Não há evidências científicas que comprovem uma relação entre próteses de silicone e câncer de mama. Elas não inviabilizam a realização de mamografias, que são fundamentais para o rastreamento da doença. É essencial informar ao médico sobre a presença das próteses antes do exame.

2. Pacientes com câncer de mama podem reconstruir as mamas na mesma cirurgia do tratamento?

Sim, essa é uma opção viável, mas deve ser discutida no consultório. Fatores como o estágio do câncer e as preferências da paciente são levados em consideração na decisão.

3. Convênios cobrem cirurgias de reconstrução mamária?

Sim, a Lei nº 10.223 garantiu a cobertura de cirurgias plásticas reparadoras em casos de mutilação decorrente do tratamento do câncer por planos de saúde.

Com os avanços na medicina e o comprometimento de profissionais da saúde, a recuperação da autoestima e da qualidade de vida das mulheres que enfrentam o câncer de mama se torna mais acessível e efetiva. O futuro do tratamento cirúrgico nesse contexto é promissor e mais humano.