Clara Maria: Justiça Inicia Processo Contra Homens Envolvidos na Morte de Jovem em BH
2025-04-07
Autor: Matheus
A Justiça de Belo Horizonte tornou réus Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, e Lucas Rodrigues Pimentel, de 29, ambos envolvidos na morte brutal de Clara Maria Venancio Rodrigues, de apenas 21 anos. O caso ganhou repercussão após a aceitação da denúncia do Ministério Público, onde ambos confessaram participar do crime horrendo.
Na decisão da juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, datada da última quinta-feira (4 de abril), também foi mantida a prisão preventiva dos réus, que além de homicídio e ocultação de cadáver, responderão por furto qualificado, pois, supostamente, o celular da vítima estava em posse deles.
Clara foi encontrada morta na residência de Thiago, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, no dia 12 de março. Ela havia desaparecido no dia 9 do mesmo mês, após informar ao namorado que se encontraria com Thiago em frente a um supermercado.
A jovem estava em busca de quitar uma dívida de R$ 400 que tinha com Thiago, proveniente de um empréstimo feito quando ambos trabalhavam juntos em uma padaria. Segundo o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, essa dívida não estava sendo cobrada e serviu como pretexto para que Thiago atraísse Clara até sua casa.
Em seu depoimento, Thiago revelou que inicialmente pretendia roubar os valores da conta bancária da jovem. No entanto, ele também confessou que ficou possesso ao vê-la acompanhada do namorado dias antes de seu desaparecimento, um ato que parece ter desencadeado sua violência.
Thiago foi preso em sua casa, onde a polícia percebeu um odor forte ao se aproximar do imóvel. Ao inspecionar a área, encontraram uma camada de cimento fresquinho em um jardim, que, ao ser removida, revelou partes do corpo de Clara. Lucas Rodrigues Pimentel, que também se viu envolvido no crime, foi preso em sua residência em Santa Luzia, Grande BH. Ele já nutria sentimentos de ódio contra Clara, após um episódio em que foi repreendido por ela na frente de outras pessoas por fazer apologia ao nazismo.
Ambos os réus permanecem detidos, e a comunidade está em choque com a brutalidade do crime. O advogado de Lucas criticou a investigação, afirmando que a denúncia é baseada em um trabalho policial questionável.
Esse caso levanta discussões sobre a segurança das mulheres e como podem se tornar vítimas de violência e tragédias como essa. A trágica história de Clara Maria pode ser um catalisador para mudanças na proteção e apoio às jovens em situações vulneráveis.