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Claudia Sheinbaum sugere chamar EUA de 'América Mexicana' após declaração de Trump sobre o Golfo

2025-01-08

Autor: Gabriel

Após a recente polêmica em torno das declarações de Donald Trump, que anunciou sua intenção de renomear o Golfo do México para 'Golfo da América', a presidente do México, Claudia Sheinbaum, respondeu com uma sugestão de chamar os Estados Unidos de 'América Mexicana'. Durante uma coletiva de imprensa, Sheinbaum mostrou um mapa que ilustra o México com territórios que hoje pertencem aos EUA e declarou: "Por que não chamamos os Estados Unidos de 'América Mexicana'? Nome bonito, não é? Vamos chamar assim então."

As declarações de Trump, feitas menos de duas semanas antes de seu retorno à presidência dos EUA, incluem ideias controversas, como a anexação do Canadá e o uso da força militar para tomar a Groenlândia. Ele justifica a mudança do nome do Golfo do México dizendo que é um nome mais apropriado devido ao que descreve como um enorme déficit comercial entre os dois países. "América" é a forma como os americanos se referem aos EUA, e Trump insistiu que o México realiza a maior parte do trabalho no comércio entre os países.

Sheinbaum, em sua defesa, lembrou que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente e pela ONU, e afirmou que o nome Trump planeja implementar é uma tentativa provocativa de reescrever a história. O assessor político da presidência mexicana, Alfonso Suárez del Real, complementou a fala de Sheinbaum, reafirmando que o nome do Golfo do México possui um significado histórico e foi usado em mapas náuticos desde o século 16, muito antes da fundação dos EUA.

Enquanto isso, a proposta de Trump de mudar o nome do Golfo do México e suas sugestões de anexar o Canadá são vistas como parte de uma retórica cada vez mais agressiva, que tem preocupado tanto o México quanto o Canadá. Analistas políticos comentam que essas declarações podem intensificar tensões nas relações entre os países norte-americanos, que já enfrentam desafios em áreas como comércio, meio ambiente e imigração.

Além da controvérsia em torno do Golfo do México, Trump também abordou a situação do Canal do Panamá e da Groenlândia, enfatizando a necessidade dos EUA de manter controle sobre essas regiões para segurança nacional e interesses econômicos. Ele acredita que o canal, que foi administrado pelos EUA até 1999 e atualmente pertence ao Panamá, é vital para o país, e suas afirmações geraram preocupações adicionais sobre uma possível nova política externa agressiva em relação aos países latino-americanos.

Em meio a esse cenário tumultuado, a comunidade internacional observa atentamente esse retorno de Trump e as repercussões que suas políticas podem causar na dinâmica das relações no continente americano. Como essas tensões irão se desenrolar nos próximos meses será uma questão de crescente importância para analistas e cidadãos em toda a América do Norte.