CNI prevê crescimento do PIB de 3,5% em 2024 e de 2,4% em 2025 - Surpresas e Desafios à Vista!
2024-12-17
Autor: João
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) apresentou nesta terça-feira (17) o relatório ‘Economia Brasileira 2024-2025’, trazendo boas notícias e expectativas otimistas para o futuro do país. De acordo com a entidade, o PIB brasileiro deverá crescer 3,5% em 2024, um número que surpreendeu, pois é mais de duas vezes superior à previsão anterior de 1,7% anunciada no final de 2023. Já para 2025, a projeção é de um crescimento mais modesto, com uma alta de 2,4%. O que está por trás desses números? Vamos explorar!
O Que Justifica o Crescimento?
O superintendente de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, celebrou o terceiro ano consecutivo de crescimento acima de 3% para a economia brasileira. Ele atribui esse desempenho à recuperação do mercado de trabalho, que tem visto um aumento significativo no número de empregos e da massa de rendimento real desde 2022. 'Essa foi a grande surpresa em relação a nossa previsão do final de 2023', declarou Telles.
De agosto de 2023 até maio de 2024, a redução na taxa Selic de 13,75% para 10,75% também foi crucial para o crescimento do PIB, pois facilitou o acesso ao crédito pelas empresas e aumentou a circulação de dinheiro na economia. Com isso, resultados positivos começaram a surgir.
Entretanto, o panorama não é totalmente favorável. O setor agrícola apresentou uma contração que freou um crescimento em potencial do PIB. Apesar de alguns bons números na pecuária, Telles enfatizou que, se não fossem os dados negativos do campo, o crescimento econômico poderia ter sido significativamente maior.
Expectativas para 2025
O economista da CNI lembrou que, apesar do crescimento projetado, a inflação deverá permanecer em torno do teto da meta do governo federal, que é de 4,50%. A alta nas taxas de juros deve moderar tanto o consumo quanto os investimentos, refletindo na concessão de crédito. Telles destacou que o mercado de trabalho deve desacelerar após três anos de crescimento robusto, além de projetar uma redução no impulso fiscal, com cortes nos gastos governamentais.
Ricardo Alban, presidente da CNI, indicou que a tendência é que a taxa de juros comece a cair no final do segundo trimestre de 2024. A recuperação da economia, impulsionada pela aprovação de um pacote fiscal, pode motivar o Banco Central a considerar a possibilidade de redução da Selic.
No entanto, o panorama para a indústria não é tão promissor, com estimativas de crescimento de apenas 2,1% em 2025 enquanto em 2024 se espera um crescimento de 3,3%. A queda nos serviços também deverá impactar o PIB do próximo ano, levando a CNI a projetar um crescimento de apenas 2,4% para 2025.
Os Desafios que Persistem
Com um cenário de economia mais lenta, os preços devem continuar controlados, e a expectativa é que 2025 encerre com uma inflação de 4,2%, um pouco abaixo do limite estipulado pelo governo. As importações, embora em alta, devem crescer em um ritmo menor do que em 2024, enquanto a recuperação do setor agropecuário e a desvalorização do real poderão proporcionar uma recuperação nas vendas externas do Brasil.
Em um cenário de incertezas, todas essas previsões trazem à tona a necessidade de vigilância e adaptação às mudanças econômicas, que podem impactar tanto o setor industrial quanto o agrícola. O Brasil pode estar à beira de um crescimento promissor, mas os desafios ainda estão por vir!