Negócios

Cogna é Eleita a Preferida do Setor de Educação pelo Bradesco BBI; Ações Disparam 12,7%

2024-10-08

Autor: Fernanda

Visão Geral

O Bradesco BBI atualizou suas projeções para as empresas do setor de educação, considerando os resultados mais fracos no curto prazo e avaliando de forma conservadora os riscos potenciais associados às novas regulamentações para a educação a distância (EAD) e a saturação de vagas nos cursos de medicina.

Ajustes nas Expectativas

As revisões nos preços-alvo refletem uma queda de 14 a 21% no que diz respeito ao EAD e à Medicina. Para o ano de 2025, as estimativas de lucro foram ajustadas com uma redução significativa: 23% para Yduqs (YDUQ3) e 19% para Ânima (ANIM3), enquanto a Cogna (COGN3) viu uma alta de 13% nas expectativas.

Recomendação do Bradesco BBI

Diante desse cenário, o Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações COGN3 de neutra para outperform, indicando que as ações devem ter um desempenho superior ao média do mercado, e agora a considera sua principal escolha (top pick). Em resposta a essa decisão, as ações da Cogna saltaram 12,7% nesta terça-feira (8), atingindo R$ 1,42.

Perspectivas Futuras

Esse otimismo em relação à Cogna se deve a uma perspectiva de resultados positivos no futuro, incluindo um aumento previsto de 28% no EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em uma base anual no segundo semestre de 2024, além de um valuation atrativo, avaliado em 5,9 vezes o múltiplo de preço sobre lucros (P/L) para 2025, comparado a 5,8 vezes para ANIM3 e 8,0 vezes para YDUQ3.

Concentração de Operações

A operação da Cogna se concentra especialmente na educação pré-universitária (K-12), onde suas subsidiárias Vasta e Saber, responsáveis por 34% do EBITDA total, estão posicionadas de maneira mais defensiva. O banco prevê que o valor de contrato anual (ACV) da Vasta crescerá 15% em 2025.

Cenário para Ânima e Yduqs

A Ânima (ANIM3) também é citada como uma das preferidas do BBI, principalmente por conta do seu valuation. No entanto, a expectativa de crescimento da receita é fraca, com previsão de crescimento zero no segundo semestre de 2024, e a pressão da taxa Selic elevada em 2025 pode impactar seu desempenho, embora a geração de caixa permaneça robusta. Por outro lado, o BBI expressou cautela em relação à Yduqs, devido à queda na captação de alunos e a previsões de quase nenhum crescimento da receita no segundo semestre de 2024, o que representa um risco para as margens em 2025, caso a situação não seja revertida. Apesar desses desafios, a recomendação para YDUQ3 é mantida como equivalente à compra, com um potencial de valorização estimado em 50%.