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Como Bebê Pode Ter o DNA de Duas Mães? Descubra o Método Surpreendente de Ludmilla e Brunna!

2024-11-21

Autor: Julia

Introdução

A gestação compartilhada, conhecida como método ROPA (recepção de óvulos da parceira), está ganhando destaque como uma alternativa inovadora para casais homoafetivos femininos que desejam viver a experiência da maternidade de forma conjunta. Esse método não só permite que ambas as mães estejam envolvidas na concepção e no desenvolvimento do bebê, mas também fortalece o vínculo familiar desde os primeiros momentos da gestação. Recentemente, a cantora Ludmilla e sua esposa, Brunna Gonçalves, compartilharam sua emocionante jornada com o público.

Como Funciona o Método ROPA

No processo de ROPA, uma das mães passa pela estimulação ovariana para a coleta dos óvulos. Após a fertilização com sêmen de um doador — que pode ser anônimo ou um conhecido, para evitar questões de consanguinidade —, o embrião é transferido para o útero da outra mãe, que será responsável pela gestação. "Uma mãe fornece a carga genética e a outra vivencia a gestação, o parto e a amamentação", explica a ginecologista Carolina Rebello, especialista em reprodução humana da clínica Vida Bem Vinda.

Mudanças Legais e Estruturas Familiares

Uma mudança significativa ocorreu em 2013, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou as clínicas de reprodução assistida a realizarem esses métodos para casais do mesmo sexo no Brasil, tornando essa possibilidade uma realidade para muitos!

Genética e Epigenética

É importante entender a diferença entre genética e epigenética nesse contexto. Embora o DNA do bebê venha da mãe que doou os óvulos e do doador de sêmen, a gestante influencia também o desenvolvimento do bebê através da epigenética. Esse fenômeno envolve alterações que podem ativar ou desativar genes com base no ambiente uterino e no estilo de vida da mãe. "Isso não muda a sequência do DNA, mas pode impactar formas do bebê se desenvolver e suas características", esclarece a especialista.

Vínculo Mãe e Bebê

A conexão entre a mãe gestante e o bebê se aprofunda ao longo dos nove meses, enquanto o feto cresce e se desenvolve. Na amamentação, ambas as mães podem participar, utilizando técnicas como a translactação ou a indução da lactação, embora estes métodos exijam preparo e acompanhamento adequado, incluindo o uso regular de bombinhas para estimular a produção de leite.

Considerações Finais

"Independentemente de apenas uma mãe participar do tratamento biologicamente, isso não diminui a maternidade da outra. Ambas compartilham essa experiência única, e a não-gestante é tão mãe quanto a gestante, em todos os aspectos que definem a maternidade e o vínculo familiar", complementa Carolina.

Aconselhamento e Planejamento Familiar

Para casais LGBTQIAPN+ que desejam explorar suas opções de formação familiar, é fundamental procurar um especialista em medicina reprodutiva assim que o planejamento começa. Isso é crucial para esclarecer dúvidas, identificar as melhores opções — como gestação compartilhada, fertilização in vitro (FIV), inseminação artificial — e realizar os exames necessários, que incluem avaliações da saúde reprodutiva e da reserva ovariana.

Um acompanhamento apropriado pode fazer toda a diferença, pois um especialista não só irá esclarecer aspectos legais como também ajudar a criar um plano reprodutivo personalizado, aumentando as chances de sucesso. Não deixe de explorar as possibilidades e dar esse passo importante em direção à construção da sua família!