O ex-presidente Jair Bolsonaro, responsável pela tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023, enfrentará um julgamento crucial na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a tendência do colegiado é condenar Bolsonaro. A Primeira Turma, que fará o julgamento, é composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Embora ainda exista incerteza quanto à posição de Luiz Fux, os outros quatro ministros são vistos como votos quase certos contra Bolsonaro, o que aumenta a possibilidade de uma condenação. Essa configuração reflete uma inclinação desfavorável a Bolsonaro no cenário judicial.

A defesa do ex-presidente, que é assessorada por uma equipe de advogados, pretende recorrer para que o julgamento seja revisto pelo plenário do STF. Eles buscam uma decisão mais abrangente, que pode ser mais favorável ao ex-presidente. No entanto, é o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, quem decidirá se o julgamento permanecerá na Primeira Turma. Justamente por isso, as expectativas são de que Moraes mantenha a análise na turminha.

Além disso, em dezembro de 2023, o STF passou por uma reestruturação em seus julgamentos criminais, agora divididos entre duas turmas ao invés de serem analisados pelo plenário completo de 11 ministros. Essa alteração, realizada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, tinha como objetivo "racionalizar a distribuição de processos e aliviar a pressão sobre o plenário", especialmente após os tumultuados eventos de 8 de janeiro, que resultaram em um aumento significativo no volume de processos.

As consequências deste julgamento podem ser profundas não apenas para Bolsonaro, mas para a política brasileira como um todo, com repercussões que poderiam afetar futuros desdobramentos eleitorais e a confiança pública nas instituições.