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Conflito em Gaza: Israel Intensifica Ofensiva na Véspera do 7 de Outubro e Aumento da Tensão no Oriente Médio

2024-10-06

Na véspera do primeiro aniversário do ataque em 7 de Outubro de 2022, Israel lançou uma nova ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza, marcando a primeira ação significativa em meses. O objetivo declarado por Tel Aviv é desmantelar novas células do Hamas e impedir a reorganização do grupo terrorista no norte da região.

A operação contou com o uso de tanques e veículos blindados, além de bombardeios aéreos que ocorreram ao longo da madrugada. As autoridades locais reportam que pelo menos 20 pessoas morreram no norte de Gaza. No entanto, o ataque mais devastador teve lugar no centro, em Dei al-Balah, onde uma mesquita e uma escola foram atingidas, resultando em 24 mortes e 93 feridos, conforme dados do ministério da saúde vinculado ao Hamas.

Israel defende que seus bombardeios são de precisão e visam bases do Hamas, que frequentemente estão localizadas em áreas civis. Apesar das negativas do grupo terrorista, existem evidências substanciais da prática de inserir suas operações dentro de áreas habitadas. Desde que o conflito se intensificou, estima-se que 41,8 mil vidas tenham sido perdidas devido à devastação de Gaza.

No sábado, Tel Aviv também emitiu uma ordem de evacuação para os civis da região afetada, mas a grave situação humanitária em Gaza complica essa movimentação, já que cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes da área estão deslocados internamente.

Essa escalada militar coincide com uma ameaça crescente de ataques terroristas no próprio território israelense, em razão do aniversário do 7 de Outubro, que foi o maior ataque da história do país, perpetrado há um ano pelo Hamas.

Enquanto isso, os conflitos no Líbano continuam, com uma série de explorações ocorrendo nos subúrbios ao sul de Beirute. Testemunhas relataram colunas de fogo e fumaça que se erguiam no céu. Até o momento, não há informações sobre possíveis vítimas, mas a tensão se intensificou desde a escalada da guerra contra o Hezbollah, com focos de ataques sendo direcionados a bunkers do grupo.

Recentemente, Tel Aviv afirmou ter eliminado cerca de 2.000 alvos do Hezbollah, resultando na morte de 440 soldados do grupo. No front sul do Líbano, as hostilidades continuam, e a primeira morte israelense registrada até agora foi de dez soldados.

Com a comunidade internacional em alerta, há uma expectativa crescente sobre uma possível retaliação de Israel contra o Irã, aliado do Hezbollah e Hamas. Neste domingo, o governo iraniano anunciou a suspensão de todos os voos em seu espaço aéreo durante a noite, aumentando as preocupações de novos ataques na região.

Enquanto isso, as opções israelenses para retaliar incluem bombardeios a instalações relacionadas ao programa nuclear do Irã e suas capacidades de exportação de petróleo, medidas que enfrentam resistência da opinião pública nos Estados Unidos, um dos principais aliados de Israel. A situação está se tornando cada vez mais complexa e potencialmente explosiva, com consequências que podem repercutir em todo o Oriente Médio.