Introdução

Neste domingo (17), Israel intensificou os bombardeios em Gaza e no Líbano, causando a morte de dezenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, e levando à destruição de diversas estruturas civis e militares.

Um ataque em Beirute resultou na morte do porta-voz do Hezbollah, Mohamad Afif, enquanto as ações na Faixa de Gaza deixaram pelo menos 55 mortos, exacerbando uma crise humanitária já crítica e aumentando a tensão na região.

Aumento da violência desde setembro

Desde setembro, Israel tem enfrentado dois frontes, intensificando a ofensiva contra o Hezbollah, um grupo militante apoiado pelo Irã, enquanto continua sua luta contra o Hamas em Gaza.

A situação é alarmante, com o número total de mortes na guerra já passando das 43.000, a maioria civis, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza. Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deu início a este novo ciclo de conflitos, Israel registrou 1.206 mortes, também em sua maioria civis.

Impactos dos bombardeios em Gaza

Os ataque de domingo em Gaza, particularmente severos em Beit Lahia, deixaram 30 mortos. O porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal, alertou sobre as dificuldades de resgate, afirmando que as chances de encontrar sobreviventes estavam diminuindo devido aos bombardeios contínuos.

O governo israelense justificou os ataques alegando que os "alvos terroristas" continuavam a operar na região.

Crise humanitária

Além dos intensos bombardeios no norte, 26 pessoas perderam a vida em outras localidades, como Rafah e Khan Yunis. A crise humanitária se agrava ainda mais com as condições de vida em Gaza deteriorando rapidamente.

A escassez de alimentos e medicamentos se torna um problema crescente, levando agências internacionais a alertarem sobre a iminência de uma catástrofe alimentar.

Consequências no Líbano

No Líbano, o bombardeio que matou Mohamad Afif foi descrito como um ataque dirigido ao edifício do partido Baath, sem relação direta com as atividades do Hezbollah.

O incidente resultou em um desabamento que impediu o trabalho das equipes de emergência. Além disso, o Exército libanês relatou a morte de dois soldados em outro ataque israelense, elevando o número de vítimas entre as forças armadas do Líbano em apenas um mês e meio.

Reações internacionais

Com a humanidade em jogo, a ONU divulgou um alerta sobre a fome iminente em Gaza. O papa Francisco também se manifestou sobre a situação, destacando as alegações de genocídio e pedindo uma investigação séria sobre os crimes cometidos.

"O que acontece em Gaza, caracterizado como genocídio por alguns especialistas, precisa ser investigado minuciosamente", enfatizou o pontífice.

Conclusão

À medida que a comunidade internacional observa, fica claro que a escalada da violência não mostra sinais de parar e a situação humanitária continua a se agravar.

A pressão para negociações de paz e um cessar-fogo se intensifica, mas, por enquanto, os ataques não cessam.