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Conflito Israel-Líbano: Tensão Aumenta com Ataques e Retaliações

2024-10-05

A força de manutenção de paz da ONU no Líbano, conhecida como FINUL (ou UNIFIL em inglês), anunciou que "não abandonará" suas posições no sul do Líbano, apesar do pedido de Israel para que se retirassem da área, em meio a uma operação terrestre iminente. O porta-voz da FINUL, Andrea Tenenti, informou à Euronews que a missão decidiu permanecer após consultas com seus membros e autoridades em Nova Iorque.

O subsecretário da ONU para a Manutenção da Paz, Jean-Pierre Lacroix, ressaltou a importância de manter a segurança das forças de paz, afirmando que planos de emergência estão prontos para serem ativados se necessário. Ele também enfatizou a necessidade de que Líbano e Israel se comprometam com a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU para restaurar a estabilidade na região.

Enquanto isso, Israel intensificou seus ataques aéreos contra alvos do Hezbollah, reportando a morte de cerca de 100 combatentes do grupo em 24 horas. No último fim de semana, atacaram o quartel-general dos serviços secretos do Hezbollah em um esforço para desmantelar operações militantes ao longo da fronteira. Nos últimos meses, desde o início da campanha a partir de setembro, cerca de 1.400 libaneses, incluindo combatentes e civis, perderam a vida.

Na semana passada, o Hezbollah respondeu disparando uma quantidade significativa de foguetes em direção a Israel, resultando em um novo ciclo de ataques e retaliações. O tenente-coronel israelita Nadav Shoshani afirmou que as operações terrestres visam erradicar os militantes do Hezbollah para garantir segurança na região, permitindo que os residentes do norte de Israel retornem às suas casas.

Paralelamente, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, alertou que o país está pronto para retaliar caso Israel ataque seu território, prometendo uma resposta ainda mais contundente que a realizada anteriormente, quando dispararam 180 mísseis contra Israel.

Os ataques israelenses também danificaram a principal estrada que liga o Líbano à Síria, complicando a fuga de milhares de pessoas que tentam escapar da escalada de hostilidades. A estrada foi cortada pela primeira vez em quase um ano, após um ataque aéreo direcionado a um posto de fronteira utilizado pelo Hezbollah.

Além das tensões no Líbano, os Estados Unidos realizaram uma série de ataques a alvos Houthi no Iémen, visando equipamentos e bases dos rebeldes apoiados pelo Irã. Esses ataques ocorreram na sequência de ameaças dos Houthis de incrementar as operações militares contra Israel, indicando um aumento das hostilidades na região.