Em um triste incidente ocorrido no dia 22 de dezembro, a ponte JK, que liga Tocantins e Maranhão, desabou, resultando na morte confirmada de 11 pessoas e ainda seis vítimas desaparecidas. Diante dessa tragédia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a contratação de um consórcio para a reconstrução da ponte da BR-226, com um investimento colossal de R$ 171.969.000,00. A previsão é que a nova estrutura seja entregue até 22 de dezembro de 2025.

A ponte JK, que conecta as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), vai passar por uma remodelação significativa. De acordo com informações do DNIT, a nova ponte será 100 metros mais longa que a anterior, com um total de 630 metros e um vão livre de 150 metros. Com dimensões ampliadas, a estrutura terá 19 metros de largura, facilitando a passagem em duas faixas de rolamento de 3,60 metros cada, além de dois acostamentos de 3 metros, um sistema de proteção tipo New Jersey e passeios de 2,3 metros em cada lado.

O consórcio responsável pela obra é formado por duas empresas: Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitadas. Embora a data de início das obras ainda não tenha sido definida, o contrato estabelece que o trabalho será realizado em caráter emergencial para atender a urgência da situação.

Buscas pelas vítimas do desabamento foram reduzidas a partir do dia 31 de dezembro, por conta da abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, o que limitou a operação dos mergulhadores e o uso de drones subaquáticos ao horário das 9h às 15h. Durante as buscas, um carro de passeio foi localizado, assim como uma caminhonete, mas sem ocupantes.

As autoridades já localizaram vários corpos, entre eles o de Lorranny Sidrone de Jesus, de apenas 11 anos, e o de Kecio Francisco Santos Lopes, um motorista rural de 42 anos. As buscas continuam, e uma força-tarefa foi criada para identificar as vítimas encontradas no leito do rio.

Com o colapso da ponte, muitos questionam se a estrutura seria aprovada em termos de segurança. O vereador Elias Junior, que registrou o momento da queda, destacou em entrevista a precariedade das condições da ponte antes do desabamento. O DNIT ainda investiga a causa do colapso, mas o ministro dos Transportes, Renan Filho, já anunciou que o investimento para a reconstrução pode variar entre R$ 100 a R$ 150 milhões, além da declaração de estado de emergência para agilizar todo o processo.