O Corinthians conquistou uma importante vitória em um processo judicial que envolvia o direito de uso do seu hino oficial. Representantes das editoras Corisco e Musiclave, que fazem parte do "Grupo Arlequim", questionaram a legitimidade do clube paulista sobre a música, mas a diretoria do Timão defendeu que possui um contrato verbal com o compositor Lauro D'Ávila, firmado em 1955, que lhe garantiu a execução do hino sem quaisquer restrições.

Em sua decisão, a juíza reconheceu o pedido do Corinthians, afirmando que o contrato verbal deve continuar sendo validado, como sempre foi ao longo dos anos. A magistrada destacou que "verifica-se que de fato houve uma concessão mútua de direitos: enquanto o clube concordou com a utilização do seu nome e imagem, direitos da personalidade, o compositor concordou com a utilização desta pelo clube, sem a cobrança de quaisquer valores".

A juíza ainda reforçou que "a natureza gratuita desse contrato, comprovada pelo tempo, indica que ambas as partes abriram mão de qualquer compensação financeira, entendendo que o benefício viria do fortalecimento recíproco". Assim, o autor da música se beneficia ao ter sua obra associada a um dos clubes mais tradicionais do Brasil, enquanto o Corinthians solidifica sua identidade através do hino que tanto emociona seus torcedores.

Essa decisão não só resgata uma tradição histórica do clube, mas também enfatiza a importância da música na cultura futebolística brasileira. O hino do Corinthians é mais do que uma simples melodia; é um símbolo de paixão e lealdade que ressoa nas arquibancadas durante os jogos. Como essa disputa demonstra, a conexão entre o Corinthians e seu hino anátema transcende os acordes, unindo gerações de torcedores em torno de uma mesma paixão.