Guarujá, SP — Na madrugada de segunda-feira (7), um crime chocante abalou o litoral paulista quando Jéssica Maduro Magina, de 23 anos, esfaqueou seu marido, Igor Nicolucci Da Silva Santos, de 25, em um bar localizado no Guarujá. Após o assassinato, ela fez uma série de vídeos nas redes sociais onde confessou a autoria do crime, alegando que a motivação foi um relacionamento abusivo e uma traição que descobriu envolvendo uma prima sua.

Nos vídeos, Jéssica desabafou sobre o sofrimento que viveu e afirmou que, ao descobrir a infidelidade de Igor, perdeu o controle emocional: "Fiquei fora de mim". A gravidade do caso ganhou ainda mais atenção quando detalhes da noite do crime começaram a surgir. Testemunhas relataram que Igor estava com amigos no bar Favela City e posteriormente Jéssica se aproximou dele de forma hostil.

Durante o ataque, Igor foi surpreendido por sua esposa, que desferiu entre quatro a seis facadas enquanto ele estava sentado à mesa. Após o crime, Jéssica desmaiou no local, mas logo se levantou e fugiu, e atualmente ela é considerada foragida. O amigo de Igor, Ricardo Bela, que estava presente, relatou à polícia que acionou os serviços de emergência, mas, diante da demora, decidiu levar Igor até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) local, onde ele morreu.

A Polícia Militar, que estava em patrulhamento nas proximidades, iniciou uma busca rápida pela autora do crime, mas já era tarde. Ao retornarem ao bar, encontraram o local fechado e deserto. O irmão de Igor, Mikael, foi à delegacia e reconheceu Jéssica como a esposa de seu irmão, sendo avisado da tragédia por amigos.

Além disso, foi revelado que Igor tinha um histórico criminal, tendo sido preso por tráfico de drogas em 2020 e colocado em regime aberto em maio do ano passado. Seu julgamento estava programado para terminar em outubro de 2026.

Este caso levanta questões sérias sobre relacionamentos abusivos e a crescente violência doméstica no Brasil. Os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram um alarmante aumento nas ocorrências de crimes passionais e feminicídios, sinalizando a urgência de um debate mais profundo sobre como prevenir tais tragédias.

Enquanto isso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo investiga o caso, e a busca por Jéssica Maduro Magina continua. O Metrópoles ainda não conseguiu entrar em contato com a defesa da mulher. A polícia pede que qualquer informação sobre o paradeiro dela seja reportada imediatamente.