
Crise na Internet: Facções Criminosas em Fortaleza Deixam Brisanet com 2 mil Clientes a Menos!
2025-03-30
Autor: Lucas
A Brisanet, uma das principais provedoras de internet da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), viu seus negócios desmoronarem, perdendo cerca de dois mil clientes em decorrência de uma série de ataques violentos realizados por facções criminosas. Esses crimes, ligados à cobrança de 'taxas' pelas organizações, têm causado pânico e danos significativos à infraestrutura da empresa, resultando em interrupções nos serviços oferecidos.
Os ataques têm como foco principal o Comando Vermelho (CV), um dos grupos criminosos mais influentes na região. Nos primeiros meses do ano, a empresa registrou pelo menos três incidentes graves, onde criminosos atearam fogo em veículos de manutenção e destruíram caixas de comunicação instaladas em postes de energia elétrica. Esses ataques não apenas se transformaram em uma ameaça à continuidade do serviço, mas também afetaram a percepção de segurança dos clientes.
Um dos episódios mais alarmantes ocorreu no dia 11 de março, quando um veículo da Brisanet foi alvo de uma chuva de pedras enquanto estava no bairro Capuan, em Caucaia. O carro, que era essencial para as operações de instalação e manutenção, teve seu para-brisa, retrovisor e faróis severamente danificados. Outro incidente, em 6 de março, resultou no roubo e incêndio de outro veículo da empresa no bairro Conjunto Metropolitano.
Tais atos de vandalismo não são exclusivos da Brisanet. Em 20 de março, a GPX Telecom anunciou o encerramento de suas operações após ser alvo de ataques semelhantes, onde sua sede foi devastada em menos de 20 minutos. O desespero entre os provedores de internet é palpável, com muitas empresas se perguntando se vale a pena continuar operando em um ambiente tão hostil.
A Brisanet se manifestou em nota, reafirmando seu compromisso em resolver a situação de segurança para seus colaboradores e clientes. Os ataques estão ligados à extorsão, com facções exigindo pagamento para que as empresas possam operar em áreas sob seu domínio.
Entretanto, a resposta das autoridades não está sendo ignorada. Desde a operação 'Strike', da Polícia Civil do Ceará, que começou em 12 de março, mais de 40 pessoas foram presas, incluindo um financiador e diversos executores vinculados aos ataques. As ordens para as ações criminosas estão sendo rastreadas até o Rio de Janeiro, mostrando uma complexa rede de atuação que ultrapassa as fronteiras do estado.
A segurança pública está se mobilizando. As ações foram anunciadas pelo governador Elmano de Freitas (PT) e visam proteger os provedores de internet frente às ações violentas que ameaçam não apenas a economia local, mas também a vida de trabalhadores e clientes na região. Com a crescente onda de violência, as empresas devem se questionar: até que ponto vale a pena continuar a operar sob tais circunstâncias?