Crise na Saúde de Goiânia: Prefeito afirma que não desistiu após prisão de secretário por irregularidades
2024-11-27
Autor: Julia
O colapso na saúde pública de Goiânia foi intensificado após a prisão do secretário da Saúde, Wilson Pollara, e de outros dois servidores da pasta. De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), a investigação revelou que os envolvidos estão acusados de conceder vantagens indevidas em contratos, desrespeitar a ordem de pagamentos e causar prejuízos ao erário público. Durante a operação, os promotores encontraram R$ 20.085,00 em espécie com um dos investigados.
Os impactos desse esquema foram devastadores. A dívida atual da cidade com o setor de saúde gira em torno de R$ 300 milhões, afetando diretamente instituições como a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que acumula uma dívida de R$ 121,8 milhões e já chegou a suspender atendimentos em algumas maternidades.
Em coletiva de imprensa, o prefeito Rogério Cruz, do Solidariedade, afirmou que todos os pagamentos realizados pela Prefeitura seguem uma ordem cronológica, reafirmando sua postura de continuar trabalhando em busca de soluções para a crise. Ele defendeu que não 'jogou a toalha', enfatizando sua determinação em enfrentar os desafios da gestão.
"A situação da saúde é complexa e já enfrentamos problemas há bastante tempo. Estamos comprometidos em encontrar soluções eficazes", disse Cruz.
A nova secretária da Saúde, Cynara Mathias Costa, foi nomeada após a prisão de Pollara. Ela é cirurgiã-dentista com vasta experiência na área e espera implementar mudanças necessárias para enfrentar a crise.
Pollara, que tem uma longa carreira na saúde, se tornou alvo de investigações por sua gestão. Sua defesa acredita que a inocência do secretário será comprovada, assim como reafirma o compromisso com a transparência nas investigações em curso.
O impacto nas unidades de saúde da cidade é alarmante: faltas frequentes de insumos básicos, interrupções de serviços e relatos de pacientes que faleceram enquanto aguardavam por leitos de UTI. Isso levanta questionamentos sobre a gestão financeira e a responsabilidade dos envolvidos no poder público.
O drama da saúde em Goiânia é emblemático: famílias lutando por atendimento enquanto escândalos administrativos trazem à tona a severidade da crise. A população clama por respostas e soluções efetivas para um sistema de saúde que já esteve entre os melhores do país.