Cruzeiro em busca de reforços: a novela da falta de gols continua!
2024-12-19
Autor: Julia
Desde a saída de Wellington Paulista, em 2012, o Cruzeiro enfrenta um dilema que já dura mais de uma década: a inconstância no ataque. Apesar de conquistar importantes títulos, como a Série A e a Copa do Brasil, a Raposa nunca conseguiu contar com um artilheiro que fizesse a diferença de forma consistente durante os campeonatos, levando a uma angústia coletiva da torcida.
O último atacante a manter uma média acima de meio gol por partida foi Wellington Paulista, que em 2012 fez 28 gols em 44 jogos. De lá para cá, os números têm sido desanimadores. A falta de um goleador nato se tornou uma crise crônica e preocupante para a diretoria, que já firmou um acordo com Gabigol e busca por outros nomes. Em um cenário em que muitos centroavantes não decolam, as esperanças se renovam para 2025, com a expectativa de mudar essa narrativa negativa.
Nos anos de glória, como os bicampeonatos da Série A em 2013 e 2014, o Cruzeiro conseguiu alternar os protagonistas do ataque. Os meias Everton Ribeiro e Ricardo Goulart foram fundamentais, mas não eram oficialmente artilheiros. Em 2014, o maior goleador foi Goulart com 24 gols, seguido de perto por Marcelo Moreno.
Após isso, o time continuou a apostar em diferentes atletas, mas sempre sem uma referência consolidada na frente. Por exemplo, Thiago Neves foi o destaque na Copa do Brasil, marcando 17 gols em 57 jogos durante a conquista em 2017. Contudo, os anos seguintes trouxeram novos desafios, e a crise se agravou especialmente após o rebaixamento em 2019.
Em 2020 e 2021, o Cruzeiro enfrentou a sua pior fase na Série B, onde a falta de gols foi gritante. Rafael Sobis se sagrou artilheiro do clube em 2020 com apenas seis gols. Em 2021, o volante Matheus Barbosa foi o responsável por acumular sete gols, uma estatística preocupante para qualquer time que aspire voltar à elite.
Depois de um rápido retorno à Série A em 2022, onde o centroavante Edu brilhou com 22 gols em 48 jogos, os problemas no ataque voltaram a se manifestar em 2023. A equipe terminou enfrentando uma verdadeira seca de gols, evidenciada pelo fato de ter a melhor defesa (sofrendo 32 gols), mas o pior ataque, com apenas 35 gols marcados.
O desempenho irregular de Gilberto e Henrique, que foram negociados e afastados, complicou ainda mais a situação, fazendo com que o treinador Fernando Diniz tivesse que apelar para soluções temporárias, como o jovem Tevis, que fez sua estreia como centroavante após a saída dos principais atacantes. A incerteza sobre o futuro da linha de frente do Cruzeiro também se intensifica com a saída de jogadores importantes em 2024, além dos problemas crônicos de lesão que assolaram a equipe, como no caso de Juan Dinenno e Rafa Silva.
Agora, a diretoria celeste enfrenta a missão de encontrar reforços que possam finalmente trazer um alívio ao ataque e devolver ao Cruzeiro a força ofensiva de outrora. O grito da torcida é unânime: é hora do Cruzeiro voltar a marcar! Será que os novos reforços conseguirão mudar essa história e trazer de volta a alegria da artilharia ao clube?