Introdução

Uma costureira da cidade de Laranjeiras, na Serra, vive um verdadeiro pesadelo após ter aceitado ser paciente-modelo em uma clínica de estética, investindo R$ 1,6 mil em um procedimento de harmonização dos glúteos. O que deveria ser um sonho se transformou em uma experiência dolorosa e angustiante.

Complicações e Desespero

Logo após o procedimento, a mulher começou a apresentar manchas vermelhas e nódulos em seu corpo. Desesperada, ela buscou a ajuda de vários médicos e, em última instância, teve que passar por uma cirurgia para implantar drenos em sua região afetada. A situação não apenas impactou sua saúde, como também prejudicou sua vida profissional; desde novembro do ano passado, a costureira está impossibilitada de trabalhar.

O Desabafo da Vítima

“Eu nunca imaginei que isso aconteceria com comigo. Foi um choque muito grande. Confiei na profissional e paguei adiantado, sem exigir recibo ou contrato. Ela me prometeu que devolveria meu dinheiro, mas até agora não obtive nenhuma ajuda”, contou a costureira em um desabafo emocionante.

Intervenção do CONEXÃO JUSTIÇA

A situação alarmante chamou a atenção do CONEXÃO JUSTIÇA, que foi acionado para oferecer apoio à vítima. O advogado Petronio Zambrotti esclareceu que, mesmo se tratando de uma paciente-modelo, ela goza de todos os direitos como consumidora e pode reivindicar reparação em caso de complicações.

A Importância da Documentação

“É fundamental que pacientes exijam sempre recibo, contrato e um termo de consentimento, onde estejam descritos todos os riscos e possíveis danos à saúde. Se a assistência não for prestada adequadamente após complicações, a justiça pode ser acionada para requerer indenização por danos materiais, morais, estéticos e até pelos dias em que a vítima ficou fora do trabalho”, afirmou Zambrotti.

Verificação dos Produtos

Além disso, o biomédico e professor universitário Gustavo Carlete, especialista no assunto, destacou a importância de verificar a procedência dos produtos utilizados nos procedimentos estéticos. “O paciente tem o direito de fotografar os produtos que serão aplicados. É imprescindível que os itens estejam lacrados, registrados pela Anvisa e pelo Inmetro, garantindo sua segurança. Também é essencial pesquisar sobre a qualificação do profissional que realizará o procedimento”, explicou Carlete.

Silêncio da Clínica

Infelizmente, a clínica envolvida não se manifestou às tentativas de contato feitas pela imprensa. Histórias de complicações em procedimentos estéticos não são incomuns e servem como um alerta para aqueles que consideram passar por esses tipos de procedimentos.

Conclusão

Neste mês das mulheres, é importante discutir e conhecer os direitos que todas têm, principalmente em relação à saúde e segurança em tratamentos estéticos. Proteja-se e informe-se: sua saúde é o bem mais precioso que você possui!