A situação de Daniel Silveira, ex-deputado e figura polêmica, ganhou novos contornos depois do Natal, quando sua defesa informou que ele apresentou sérios problemas de saúde. No dia 25 de dezembro, Silveira foi levado à Unidade de Pronto-Atendimento do complexo penitenciário de Bangu, onde relatou dores intensas e a presença de sangue na urina, um sinal preocupante que indica problemas renais.

Silveira foi detido no dia 24 de dezembro após desrespeitar o toque de recolher que havia sido estabelecido. Sua prisão se deu em meio a um contexto já tumultuado, dado que ele havia buscado atendimento médico apenas dias antes, no dia 22 de dezembro, porém deixou o hospital à meia-noite, em uma decisão que gerou questionamentos sobre sua responsabilidade em seguir as normas judiciais.

Em sua defesa, Silveira argumentou que sua saída do hospital não tinha a intenção de desobedecer ordens judiciais, mas sim responder a questões de saúde. O ministro Alexandre de Moraes, que supervisiona o caso, não teve a mesma visão, afirmando que o ex-deputado não apenas desrespeitou a ordem judicial, mas também reincidiu em violações das medidas cautelares que lhe foram impostas.

Desde sua condenação em fevereiro de 2023 a oito anos e nove meses de prisão pelo crime de ameaçar o Estado Democrático de Direito, Silveira estava cumprindo liberdade condicional, o que complicou ainda mais sua situação ao ser novamente preso.

Além disso, caso Silveira permaneça com problemas de saúde na prisão, isso pode gerar debates sobre condições de detenção e cuidados médicos adequados dentro dos presídios brasileiros. A população e especialistas em direitos humanos estão cada vez mais atentos a como são tratados os detentos, principalmente aqueles com histórico de comportamento problemático, como Silveira.