Esportes

Dedé defende Jorge Jesus para Seleção Brasileira: 'Tem personalidade e briga'

2025-04-02

Autor: Carolina

O ex-zagueiro Dedé, uma das lendas do Cruzeiro, manifestou seu apoio a Jorge Jesus como o novo técnico da Seleção Brasileira, após a saída de Dorival Júnior. Para Dedé, o treinador português se destaca por ter um estilo de gestão firme e por não dar preferência a jogadores de nome ou status, priorizando a meritocracia.

Ele afirmou em entrevista que: 'Jorge Jesus é um bom treinador. Ele sabe colocar o jogador no seu devido lugar, sem se importar com nome ou status. É uma pessoa que possui sua própria personalidade e luta pelo que acredita. No Flamengo, era notável que, se os jogadores não seguissem suas regras, estavam fora. A Seleção precisa muito desse tipo de atitude'.

Outro ponto que Dedé explorou foi a relação entre Neymar e Jorge Jesus. Recentemente, o atacante deixou o Al Hilal para retornar ao Santos, e alegou que a presença do português poderia ter influenciado sua decisão: 'Não sei se houve algo específico entre eles, mas Jorge é um treinador que foca na rotina do dia a dia. Taticamente, Abel Ferreira, do Palmeiras, pode ser uma boa opção para uma Copa do Mundo, mas Jesus tem um perfil que poderia trazer uma nova perspectiva para a Seleção', disse o ex-jogador, que atuou em 11 partidas pela Seleção Brasileira.

A CBF anunciou a demissão de Dorival Júnior no dia 28 de março, após uma derrota contundente para a Argentina, por 4 a 1, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Jorge Jesus é considerado a prioridade da entidade e a CBF estaria disposta a pagar até 5 milhões de euros (cerca de R$ 31 milhões) ao Al Hilal por sua liberação ainda em abril. Caso não consigam um acordo imediato, existe a possibilidade de um acordo em maio por um valor inferior.

Com 70 anos, Jorge Jesus atualmente comanda o Al Hilal, onde participa do Campeonato Nacional e da Liga dos Campeões da Ásia, mas seu contrato vai até o final do Supermundial de Clubes da FIFA, que ocorrerá entre junho e julho deste ano.

Dorival Júnior deixou a Seleção após um pouco mais de um ano no cargo, com 16 partidas disputadas, sendo sete vitórias, sete empates e duas derrotas, totalizando um aproveitamento de 58,3%. Durante sua gestão, a equipe brasileira fez 25 gols, porém, sofreu 17.

Outros nomes como Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e Filipe Luís, do Flamengo, também têm sido cogitados na dança das cadeiras no comando da Seleção.

Dedé, enquanto isso, continua a sua trajetória. Ele defendeu o Cruzeiro em 188 jogos de 2013 a 2019, conquistando títulos importantes como dois Campeonatos Brasileiros e duas Copas do Brasil. No entanto, teve uma relação difícil com a torcida após o rebaixamento do time em 2019 e alguns problemas relacionados a lesões que afetaram sua carreira.